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Um campeonato marcado pelas reviravoltas teve um desfecho à altura. De forma heróica, o Bauru faturou neste sábado o título da nona edição do Novo Basquete Brasil (NBB). Após sair perdendo a série decisiva por 2 a 0, os bauruenses iniciaram a virada, fechada com uma vitória incontestável por 92 a 73 diante do Paulistano, em duelo disputado no ginásio Gigantão, em Araraquara, no interior paulista. Este é o segundo título nacional da cidade no basquete, que foi campeã no Brasileiro na fase CBB em 2002.
– Feliz demais pelo momento. O time se superou. Veio de 2 a 0 contra, buscou e só venceu hoje porque a defesa foi guerreira, marcou muito. E quando teve a bola na mão, o time teve uma porcentagem absurda. Tivemos perdas de jogadores, estávamos desacreditados, mas corremos atrás e jogamos muita bola – comemorou o veterano Alex.
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Para chegar até o título, o Bauru precisou passar pelo Macaé nas oitavas de final (3 a 0), Brasília nas quartas (3 a 1) e Pinheiros. O título coroa uma grande fase da equipe que começou ainda sob o comando do técnico Guerrinha, campeã do Paulista, Liga Sul-americana, da Liga das Américas e vice do Intercontinental.
Não menos merecedor pela ótima campanha e revelação de jovens como Yago, e ajudar no desenvolvimento de Lucas Dias e Georginho, o Paulistano fica com o vice-campeonato pela segunda vez.
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Novamente baseada em sua defesa, a equipe do interior foi ligeiramente superior no primeiro tempo. O cestinha e MVP da final foi Alex, com 24 pontos. Novamente o que decidiu o jogo foi o terceiro período muito superior dos bauruenses.
No grito da torcida
O primeiro minuto foi de jogadas rápidas. Jefferson acertou de três pontos para Bauru, enquanto Hure só devolveu a cesta após muita insistência do CAP. Os visitantes, aliás, se mostraram mais eficientes nos rebotes de ataque, com a entrada de Eddy ao time titular. No ataque, os bauruenses souberam trabalhar, estavam bem no perímetro e alternando jogadas de garrafão, como no pick and roll entre Gegê e Shilton. Usando muito o pivô Renato, o time de São Paulo equilibrou o duelo, que ficou em três pontos no estouro do relógio: 19 a 16.
As defesas melhoraram no segundo período, mas os rebotes de ataque seguiram fazendo a diferença para a equipe vermelha. Com as mudanças – entradas de Valtinho e Gui – a equipe do interior abriu mais o jogo no perímetro, porém sem conseguir abrir distância. Quando voltou a jogar por dentro, Shilton foi bem, mas, com uma linda bola de longe, Eddy obrigou Demetrius a parar o jogo. O ala do Paulistano empatou o duelo a dois minutos do intervalo com uma liberdade incomum para uma decisão de título.
Melhor no momento, o CAP viu o Bauru voltar a liderar após uma jogada de cinco pontos. Jefferson acertou um chute de três, e Shilton sofreu falta embaixo. No lance livre, o pivô aumentou a conta para o Dragão. Hubner até descontou, mas Bauru foi ao intervalo à frente no chute de Gegê: 44 a 37.
Temido por decidir três dos quatro jogos da série final, o terceiro período começou na mão do Paulistano. Em dois ataques de Renato, a diferença caiu para três pontos. O pivô foi o nome do CAP, enquanto Alex tratou de incendiar o ginásio com um chute de fora, sem marcação.
O Brabo chamou a responsabilidade e puxou o Bauru no período, evitando uma reação do perigoso Paulistano. Mais para o fim, a equipe da casa chegou a abrir 14 pontos de vantagem, levando o ginásio à loucura: 67 a 53.
Com o relógio como inimigo, o Paulistano passou a acelerar o jogo na intenção de reduzir a gordura do Bauru. Mas o grito de campeão preso na garganta dos bauruenses após dois vices para o Flamengo começou a surgir a pouco mais de cinco minutos para o fim, com um domínio claro dentro de quadra. Gigante no campeonato, o CAP sentiu o golpe e viu a diferença chegar a 21 pontos. Com sangue frio e toda a experiência do grupo, o Bauru aumenta sua prateleira com o troféu do NBB.
Fonte: G1