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É a terra que fornece nutrientes e água à maioria das plantas, portanto sua importância é fundamental quando falamos em vegetais com crescimento vigoroso. Dependendo do tipo de solo e dos adubos adicionados, sua planta pode crescer mais saudável e bonita. Mas você conhece os principais tipos de solo e os aditivos que podem “turbinar” essas misturas?
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Solo arenoso
Solos arenosos são os que possuem bastante areia em sua composição e apresentam, geralmente, baixo teor de matéria orgânica, consistência granulosa e alta permeabilidade. Secam rapidamente e retêm poucos nutrientes e pouca água. Apresentam pH ácido, sendo deficientes em diversos nutrientes, em especial, em cálcio. Para melhorá-los é indicada a adição de calcário, resíduos vegetais e adubos, principalmente os orgânicos, periodicamente.

Solo argiloso
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Os solos argilosos apresentam partículas bem coesas e pequenas (chamadas microagregados). É pouco ácido e retém bastante água e nutrientes. Como a impermeabilidade é alta, poucas plantas sobrevivem nesse meio, quase sempre, encharcado. Para corrigir, faça o revolvimento e a descompactação do solo.

Substrato/ composto orgânico
O famoso substrato é facilmente encontrado em lojas de jardinagem e quase sempre aparece em nossos textos sobre o tema. Ele nada mais é do que um composto de terra, materiais orgânicos que já passaram por um processo de decomposição, fertilizantes químicos, areia e argila. Essa mistura facilita o plantio da maioria dos vegetais e, ainda, ajuda no seu bom desenvolvimento, pois contém macronutrientes (nitrogênio, fósforo e potássio). Além disso, ajuda a estruturar o solo e serve como alimento para as minhocas.

Terra vegetal
É a terra comum, também comercializada em lojas especializadas. A terra vegetal leva esse nome porque conta com restos de vegetação decomposta como folhas, galhos, cascas e frutos misturados ao solo “in natura”. Apesar de ser uma boa base para o plantio, a terra vegetal precisa ser incrementada com substratos (ou compostos), pois, com o tempo, ela encolhe (!), ao ser consumida por bactérias, fungos e outros organismos decompositores.

Húmus de minhoca
É o nome dado aos materiais orgânicos em alta concentração, após a passagem pela digestão das minhocas. É um adubo rico em macronutrientes (nitrogênio, fósforo e potássio) e micronutrientes (zinco, ferro, cobre, boro, cloro, entre outros). O composto tem pH neutro, portanto, não “queima” as raízes das plantas e sua variada flora microbiana ajuda a manter o equilíbrio e a fertilidade natural do solo. O húmus serve como alimento para os microrganismos e ajuda a manter a fertilidade química. Para aplicá-lo revolva a terra e misture duas colheres para os vasos pequenos; quatro para os médios e oito colheres para os grandes, depois, revolva o solo novamente. Em hortas, a utilização de húmus na forma líquida demonstra bons resultados, prolongando o vigor das plantas.

Biofertilizante de humús líquido (chorume de minhocas)
Fertilizante vivo que age a longo prazo e melhora as características químicas, físicas e biológicas do solo e, consequentemente, das plantas. É uma boa opção de adubo para “turbinar” o cultivo de hortaliças e no fomento da agricultura orgânica, pois ajuda a regenerar e a restabelecer a fertilidade dos solos degradados. Para prepará-lo, dissolva uma parte de húmus de minhoca em dez partes de água e misture bem. Deixe descansar por dois ou três dias, agitando a solução a cada 24 horas e, então, coe. Ao aplicar o biofertilizante evite molhar as folhas de hortaliças ou frutos que serão consumidos “in natura”, tente direcionar o composto diretamente ao solo. Em hortas, a utilização pode ser feita três vezes por semana.

Torta de mamona e farinha de ossos
Este adubo orgânico é fonte de nitrogênio, fósforo, potássio, além de micronutrientes de lenta liberação. Também é um condicionador de solo, pois equilibra-o elevando o nível de matéria orgânica. Pode ser utilizado tanto no plantio como em coberturas de canteiro, no entanto, evite a mistura quando houver animais no terreno (ou em casa, com fácil acesso aos vasos): a farinha de ossos os atrai, mas a torta de mamona é extremamente tóxica.

Farinha de ossos e torta de algodão
Esta mistura orgânica ajuda a equilibrar e complementar o solo, favorecendo o crescimento das plantas, pois é rica em fósforo, cálcio e nitrogênio. O composto não “queima” os vegetais e estimula a floração e frutificação, pois o fósforo absorvido pelas raízes é determinante para o aumento da produtividade de hortas, árvores, arbustos, trepadeiras e gramados. A torta de algodão é proveniente da moagem do caroço do algodão (rico em matéria orgânica e nitrogênio) e substitui a torta de mamona. Se usada sozinha pode ser incorporada ao solo na proporção de 100 g/m².

Fertilizante orgânico misto
É um fertilizante “processado”, que também pode ser encontrado em lojas de produtos para jardinagem. É composto de farinhas de peixe e ossos, carvão, melaço e farelos de arroz e trigo. É um excelente insumo inicial para o preparo do solo (ou substrato) e auxilia no bom desempenho da fase vegetativa da planta, pois melhora as condições físicas, químicas e biológicas da terra, favorecendo o desenvolvimento das raízes através da proliferação de microrganismos benéficos. Possui maior segurança quanto à possíveis excessos, pois é absorvido de forma gradual e, com isso, fortalece as defesas dos vegetais contra o ataque de pragas e doenças. Para vasos e floreiras com até dez litros de capacidade, basta incorporar de duas a cinco colheres ao solo ou substrato. Para canteiros, utilize a proporção de 100 g/m².

NPK – adubo químico
O famoso NPK é um adubo químico de liberação imediata e efeito rápido que contém macronutrientes indispensáveis às plantas: nitrogênio (N), fósforo (P) e potássio (K). Pode ser vendido na forma líquida, em pedrinhas (foto) ou em pó. Mas, enfim, como ele age? O nitrogênio forma as proteínas que compõem os tecidos vegetais e estimula o crescimento vigoroso das plantas. O fósforo ajuda no desenvolvimento das raízes e contribui para a formação de grãos, além de melhorar a eficiência do uso da água, da fotossíntese e da respiração. Já o potássio auxilia os vegetais a suportar temperaturas extremas, secas, doenças e pragas. Porém, tal adubo deve ser aplicado misturado à terra na proporção de duas colheres de sopa para cada dez quilos de solo, sempre afastado de caule e raízes. Os tipos mais comuns de NPK são: NPK 04-14-08, para árvores frutíferas ou espécies floríferas; NPK 10-10-10 (foto), para folhagens, gramas e todas as outras plantas que não têm flores ou frutos; NPK 25-25-25, para cultivo de hidropônicos.

Vermiculita
A vermiculita é um mineral usado como substrato para plantas ou condicionador de solo. Misturado à terra evita o endurecimento e o escoamento rápido da água dos vasos, jardineiras, hortas e jardins. Muito poroso, armazena boas quantidades de água. A melhor dosagem é de 20 a 30% do montante total de terra.
Fonte: Uol Mulher