28 de novembro, 2024

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Baixa nos juros pode levar empresas a fazer novos investimentos

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O mundo dos negócios e dos investimentos é recheado de novidades e mudanças. Os sistemas ERP e internet banking são alguns exemplos dos avanços conquistados nos últimos anos, facilitando a rotina, tanto das pessoas físicas, quanto jurídicas.

A baixa da Selic, taxa básica de juros da economia brasileira, configura um momento histórico para o país e pode mudar a configuração da área. A seguir, entenda como os juros baixos afetam as relações financeiras para o empreendedor e o cidadão comum.

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Selic e impacto na dinâmica financeira

Entre 2015 e 2016, a Selic alcançou o patamar de 16%, cenário positivo para quem investe em renda fixa, mas negativo para aqueles que precisam fazer empréstimos. Entretanto, atualmente, estão acontecendo cortes na taxa básica de juros e, se essa tendência permanecer, a expectativa é de uma Selic abaixo dos 4% no final de 2020.

A longo prazo, a Selic baixa tem a capacidade de mudar a configuração da economia brasileira. O juro real abaixo de 1% não deve permanecer por muito tempo, mas especialistas afirmam que essa dinâmica financeira cria uma nova maneira para o brasileiro lidar com o dinheiro.

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Cenário novo para as empresas

Quando uma economia possui juros baixos por um período longo, o custo do crédito é reduzido de forma consistente. Isso é fundamental para ampliar a capacidade de consumo familiar e o incentivo para que as empresas invistam em infraestrutura.

Isso porque os juros baixos irão baratear a tomada de crédito, incentivando o investimento em áreas que necessitam de capital intensivo. O setor de infraestrutura é um exemplo disso, com o investimento em saneamento e transporte incentivado. Consequentemente, essas ações irão impactar na geração de emprego.

Tendência na abertura de capital

Outra consequência do mercado com juros baixos é a maior disposição das empresas em abrirem o capital para atrair investidores na B3, a Bolsa brasileira. O momento atual é favorável para quem quer entrar nessa dinâmica de negócios, pois é uma alternativa à capitalização bancária, que inclui financiamentos com taxas elevadas.

Até mesmo em outros cenários econômicos, o custo de capitalizar uma empresa no Brasil não é considerado alto, inclusive, trata-se de um preço competitivo. Quando comparado a um financiamento bancário, ele costuma ser ainda mais vantajoso.

Brasileiros buscam novas formas de investimento

No Brasil, educação financeira ainda é um assunto do qual poucos têm acesso. Entretanto, a internet e as redes sociais estão colaborando para a democratização desses conhecimentos, levando informação de qualidade a milhares de brasileiros.

Em geral, quem está iniciando no mundo dos investimentos opta pelas ofertas em renda fixa, que oferecem pouco risco. No entanto, esse cenário é favorável quando a Selic está alta, como nos patamares de 2015 e 2016, que alcançavam dois dígitos.

Porém, tudo muda quando ela atinge níveis baixos, como os atuais, e o investidor percebe que o seu dinheiro não está rendendo como ele gostaria. Nesse sentido, já é possível perceber um aumento na procura por outros tipos de investimento, inclusive, os disponíveis na B3.

Atualmente, a Bolsa brasileira possui 1,3 milhões de investidores, um salto de 80% em comparação com os dados de 2018. O crescimento desse número é expressivo e revela que o investidor pequeno está mudando a forma de lidar com o dinheiro, assumindo mais riscos quando necessário.

Mudança ainda é lenta

Apesar de o cenário ser otimista para a tomada de crédito, as mudanças ainda não chegaram na ponta: para o cidadão e o empresariado. Atualmente, é possível perceber avanços no mercado de crédito imobiliário, porém, isso ainda não aconteceu em outros setores.

A explicação é simples: os bancos ainda não derrubaram os juros porque, se fizerem isso e o volume de empréstimos não crescer, a lucratividade pode ser afetada.

Conteúdo Produzido para o Jornal Leia Notícias

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