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Dezoito pessoas, incluindo quatro crianças, morreram nesta quinta-feira (2) no acidente com um avião militar sudanês após a decolagem de Darfur, no oeste do Sudão, aonde tinha levado ajuda humanitária, informou o Exército em um comunicado.
O avião caiu cinco minutos depois da decolagem do aeroporto de Geneina, capital do estado de Darfur-Oeste, cenário nos últimos dias de combates entre tribos que deixaram cerca de 50 mortos. São investigadas as causas do acidente, acrescentou o Exército.
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“Um avião militar Antonov 12 caiu após decolar de Geneina. Todos os seus ocupantes, sete tripulantes, três juízes e oito civis, incluindo quatro crianças, morreram”, disse o porta-voz militar Amer Mohammed Al Hasan no comunicado.
Mais cedo, uma fonte militar havia relatado o acidente de um avião que transportou ajuda humanitária para os habitantes afetados pela violência em Geneina, embora não tenha fornecido mais detalhes.
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De acordo com a Cruz Vermelha local, pelo menos 48 pessoas morreram e 241 ficaram feridas no domingo e na segunda-feira durante brigas entre tribos rivais, árabes e africanas em Geneina, Darfur, uma região devastada pela violência desde 2003.
Dezenove feridos estão em estado crítico e foram transferidos para Cartum, 1.100 km a leste de Geneina.
Toque de queda
Vários habitantes contatados por telefone pela AFP disseram que os combates cessaram e que as forças de segurança patrulhavam as principais estradas da cidade.
O governo impôs nesta segunda-feira toque de recolher em Darfur Oeste. Uma delegação oficial visitou a área e as tropas foram enviadas para El Geneina.
Segundo a mídia sudanesa, os confrontos eclodiram após uma discussão entre duas pessoas.
Uma mulher contatada por telefone disse à AFP que havia fugido do campo de refugiados em Krinding, que abriga a minoria étnica não-árabe Masalit, perto de El Geneina, após agressores terem ateado fogo nas barracas.
“Não temos comida, apenas as roupas que vestimos. Existem corpos no chão”, declarou.
Em janeiro de 2016, seis pessoas morreram em atos violentos no oeste de Darfur entre o grupo étnico Masalit e membros da tribo árabe de Beni Halba. Os combates desencadearam manifestações em Cartum para exigir “o fim dos massacres nos campos de refugiados”.
Darfur está imerso em violência desde que os rebeldes das minorias étnicas pegaram em armas em 2003 contra o governo central de Omar al Bashir, que eles acusam de marginalizar a região.
No final de dezembro, o governo sudanês e nove grupos rebeldes adotaram um roteiro para encerrar o conflito em Darfur.
Al Bashir está preso desde que foi deposto pelo exército em abril de 2019 sob pressão de manifestantes. Ele foi condenado por corrupção e é investigado ao lado de outros 50 alto funcionários sudaneses por crimes em Darfur.
Fonte: Yahoo!