24 de novembro, 2024

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Artigo: Parque de Exposições – Dr. Roberto C. Gabarra

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Sempre fui contra exposi­ções, shows e comemora­ções defronte à Catedral e à Prefeitura. Mas frequen­temente me via impedido de trafegar na Avenida por conta de um evento. Acha­va um absurdo um evento ser maior que a cidade. No ano passado porém, a Asso­ciação de Colecionadores de Carros Antigos tentou fazer um encontro na Pra­ça e recebeu a notícia que a praça só teria eventos por ocasião do Aniversário da Cidade e do Dia de San­tana. Além do mais, para aquele ano, aquelas datas já tinham eventos agenda­dos relativos às comemora­ções citadas. Realmente tal aconteceu. A praça não se­diou eventos durante qua­se todo ano. Mas teve al­guns escapes. Neste ano da mesma forma. Porém hou­ve no mínimo um evento com bicicletas. Nada con­tra bicicletas, nem contra comemorações religiosas ou do Aniversário da Cida­de. O problema é que não se consegue um local adequado para se fazer um evento em Botucatu que não seja oficial.

Toda cidade da região, por menor que seja, tem um parque de exposições. Vide Barra Bonita, São Manuel, Pardinho, Avaré, Anhembi e outras tantas. Mas Botuca­tu não tem como sediar um grande evento extra-oficial. Este ano ocupando a dire­toria da Associação Veícu­los Antigos de Botucatu me coube promover o encontro. O clube não tem condições de alugar um local privado. O clube não tem renda e até promove benefícios assis­tenciais. Começou cedo a “via cruzes” para conseguir o local. Mesmo sendo contra a Praça da Catedral, mas por decisão de diretoria, primei­ro tentou-se a praça, mas já informaram da impossibi­lidade porque só poderiam eventos em duas datas etc. e tal. Seria bom, visto que lá há espaço para expositores, para estacionamento de vi­sitantes, e muita visibilidade. Mas…

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Como há dois anos tem sido no asilo, evidentemente foi cogitado o asilo. Vanta­gens: tem espaço, não precisa de autorização da Prefeitura, já que é um espaço privado e tem também espaço para estacionamento dos visitan­tes. Desvantagem: os locais destinados a expositores e visitantes têm muito mato. O mato é alto e muito esbu­racado, podendo até mesmo colocar em risco os veículos dos visitantes e principal­mente os “antigos”. Além do que há ainda o risco de pegar fogo no mato alto e seco, que pode ser uma tragédia. Mas, e se cortar a grama bem ren­te? Primeiro que alguém tem que fazê-lo e mesmo assim ainda restam os buracos. Houvesse uma ação conjunta com a Prefeitura, talvez um trabalho continuado de ade­quação e manutenção, este local poderia mesmo servir de palco a alguns eventos, desde que diurnos para não atrapalhar o sono dos idosos moradores. E ainda servir de fonte de renda e alimentos ao asilo.

Foi sugerido também o Parque Municipal. Belíssi­mo local. Mas teria que ser sobre a grama que não só receberiam pesados veícu­los, mas os visitantes, que pisoteariam o lindo e cuida­do gramado. Mesmo assim a diretoria do clube foi ao referido parque e tentou falar com o responsável. Tentou. Foram feitas várias tentativas e os funcionários ficavam de agendar, mas, não deram retorno. O Secretário de Turismo foi mais solícito. Colocou-se à disposição para locar o evento na antiga Es­tação Ferroviária. Nada mais adequado, aliás. Um local an­tigo, com pátios disponíveis para exposição, mas muito difícil para os visitantes. Tan­to para estacionar como o acesso do estacionamento aos locais de exposição. Mas sem dúvida este é o melhor local para se realizar exposi­ções da cidade. Seria ótimo que a Prefeitura olhasse com bons olhos para o local e propiciasse finalmente um parque de exposições, não só para eventos deste tipo, mas para que a indústria e o comércio de Botucatu expusessem os seus produ­tos. Bem como para outros eventos populares.

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Finalmente o Shopping de Botucatu ofereceu par­te do seu pátio de estacio­namento para que realizás­semos o evento. Assim, a 19 de agosto corrente ocorre­rá o XIII ENCONTRO DE VEÍCULOS ANTIGOS DE BOTUCATU. Haverá es­paço suficiente para esta­cionamento dos visitantes e os pedestres deverão usar os ônibus urbanos. E o “valor” da entrada como sempre, e com autorização do Shopping, deverá ser uma quantia de alimentos não perecíveis e leite lon­ga vida, que será reverti­dos ao Asilo de Botucatu. Deste modo fica aqui nossa reivindicação aos poderes públicos da necessidade de um parque de exposições oficial da cidade. Nosso povo merece.

 * Dr. Roberto Colichio Gabarra é médico, neurocirurgião e professor aposentado da UNESP

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