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Amanheci não mais velho, mas mais experiente. Modo de dizer que realmente estamos mais velhos a cada aniversário que comemoramos. E como os dias correm em paralelo com nossa vidas, não há como negar que a cada dia vamos mesmo ficando mais velhos. E lembrei da música “Lema” cantada por Ney Matogrosso em seu “Inclassificáveis”, sensacional show e CD de alguns anos atrás: “Não vou lamentar a mudança que o tempo traz, o que já ficou para trás e o tempo a passar sem parar jamais. Já fui novo e ser novo para mim é algo velho. Quero crescer, quero viver o que é novo sendo velho”.
De fato, a experiência nos traz a juventude de um jeito contrário. Experimentar o novo sendo mais velho traz um sabor diferente ao que é novo. É sentir o aroma mais escondido do vinho ou ouvir uma história emocionante e viver nela por alguns minutos.
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Fui recebido por um belo café da manhã na Superintendência do HC, patrocinado a custo zero pelos meus colaboradores. Bonita cena vê-los todos juntos por um mesmo objetivo: fazer crescer ainda mais este hospital dentro do que for sustentável. E não esquecer de reconhecer a iniciativa de cada um, seu comportamento diário e sua capacidade de iniciar trabalhos a partir de ideias simples.
Pensei também na idade do HC e o quanto ele cresceu e ainda cresce. Precisamos procurar garantias de financiamento para preservarmos os direitos à saúde de todos.
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E chegam notícias boas e outras nem tanto. E eu ainda pensando na música da manhã: “Mas não vou dar fim jamais ao menino em mim e nem dar de não mais me maravilhar diante do mar e do céu da vida…”.
À tarde resolvi passear por trajetos muito conhecidos de minha memória e fui lembrando de cada detalhe deste caminho exclusivo.
E de novo pensando na canção da manhã que me engoliu as horas do dia de forma prazerosa: …não vou lamentar as mudanças que o tempo trás não!
Dr. André Balbi é médico nefrologista, professor associado de Nefrologia da Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB) e atual Superintendente do HCFMB.
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