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Neste mês de maio comemoramos o Dia do Trabalho, data que tem como objetivo celebrar a força do trabalhador brasileiro, mas é também a data em que precisamos pensar como será o trabalho daqui a 10 ou 20 anos.
Com 12 milhões de desempregados, segundo o IBGE, o Brasil precisa ter um crescimento econômico consistente para que as empresas ofertem mais vagas de emprego. Isso é fato!
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Por outro lado, podemos observar robôs trabalhando nas linhas de montagem da indústria e muitos equipamentos com tecnologia embarcada. No agronegócio, colhedeiras que operam por GPS e caminhões autônomos são uma realidade. A tecnologia é uma ferramenta já utilizada para o aumento de produtividade e também para a preservação ambiental. No futuro, o trabalho pesado vai ser apenas uma lembrança.
Para garantir uma vaga no mercado de trabalho é preciso estudar, se qualificar e ter vontade de aprender. O trabalhador do futuro, com certeza, vai ter a carga horária reduzida. Isso já é uma realidade em alguns países onde se trabalha seis horas por dia, quatro dias na semana.
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No Brasil, a indústria se modernizou. O agro evoluiu. O setor de serviços se equipou. O comércio se reinventou e o trabalho remoto se tornou uma realidade. E todas estas mudanças empurram o trabalhador para um patamar diferente, onde é preciso ter várias habilidades, se relacionar bem com a equipe e se manter antenado com as novidades.
Em 1975, eu tive a minha carteira de trabalho assinada aos 14 anos como auxiliar em um escritório de contabilidade. Esta é outra questão importante quando a gente fala de emprego. Atualmente, os jovens têm dificuldade para ingressar no mercado de trabalho.
O primeiro emprego é um desafio para os nossos adolescentes. Sem políticas públicas que garantam o primeiro emprego, a questão vira um círculo vicioso: o jovem não consegue emprego porque não tem experiência, mas se não trabalha nunca vai adquirir experiência.
Outra questão importante que a pandemia evidenciou é o trabalho remoto. Muitas empresas estão adotando este formato híbrido porque se mostrou produtivo. Mas nem todas as profissões podem trabalhar de casa!
Neste texto curto eu elenquei 4 questões principais para que o trabalhador brasileiro consiga sair da fila do desemprego e as empresas preencham suas vagas: crescimento econômico, educação de qualidade, qualificação profissional e política públicas que garantam aos jovens o primeiro emprego.
Apesar das mudanças dos últimos anos como a tecnologia, o trabalho remoto e os robôs, o Brasil ainda patina quando o assunto é melhorar a mão de obra de nossos trabalhadores.
Eu fui Secretário de Estado do Trabalho e apesar de vivermos uma época bem diferente, algumas coisas não mudam. Entendo que o trabalho não significa apenas conseguir o sustento da família, mas dar dignidade às pessoas.
Eu defendo a qualificação do trabalhador brasileiro, tanto do jovem que está chegando ao mercado de trabalho quanto do operário que precisa se adequar aos novos tempos. E isso deve ser feito com seriedade e comprometimento de todos os atores do processo: trabalhador, empresários e governos.
Com a experiência de ter sido Secretário Estadual, deputado estadual e federal por 7 mandatos consecutivos me sinto pronto para trabalhar por dias melhores e contribuir para a melhoria das condições de emprego em nosso País para as próximas décadas.
* Milton Monti é economista, foi o Prefeito eleito mais jovem de São Manuel, foi Deputado Estadual e Deputado Federal