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Ao fechar as portas do ano que já é passado fomos surpreendidos por um texto bem escrito contando a história de dois professores aposentados da FMB, autointitulados velhinhos que, ao procurarem o HC que ajudaram a construir para o atendimento de um deles, foram barrados e orientados a procurarem o PS Municipal onde encontraram longa fila de espera. Foram então ao único hospital privado que temos, onde souberam do elevado valor da consulta e da necessidade de chamar um especialista. Voltaram para casa decepcionados e sem atendimento.
Nada mais vergonhoso e lamentável para todos nós. Mais uma prova de que somos um país sem memória. Precisamos e vamos implantar algumas medidas para que estas situações não mais se repitam em nosso HC. Por enquanto resta-nos pedir desculpas. Não somente aos velhinhos mas também a todos que passaram por alguma situação constrangedora recente em nosso Hospital.
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Era preciso, há anos, controlar o fluxo de pessoas que circulava pelo HC para aumentar a segurança de todos, principalmente dos mais de 500 pacientes internados em nossos leitos. Com a implantação definitiva do crachá que permite a identificação de quem circula pelo hospital, reduzimos de 7.000 para 3.000 entradas pessoas/dia e o HC ficou mais silencioso e seguro. Agora é hora de acertarmos os detalhes que provocaram este desconforto aos velhinhos e aos demais.
Mas o que chamou minha atenção foram as manifestações nas redes sociais de ex-alunos, ex-funcionários e de alguns atuais servidores ou médicos/docentes. Além do apoio aos velhinhos, sobrou mágoa para todos os cantos de nossa história.
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Convido todos para visitarem nosso HC. Temos inúmeros problemas a serem resolvidos, mas temos pessoas interessadas em resolvê-los. Ainda esbarramos em nossa incontrolável superlotação porque somos acadêmicos e os pacientes chegam de diversas regiões com diversas necessidades. Sempre iremos atender a quem nos procura. Mas também temos muito a mostrar.
Neste também velhinho ano de 2019 conseguimos vitórias importantes. Cito algumas como a inauguração do novo prédio dos ambulatórios, o início e o sucesso do transplante cardíaco, a inauguração da moderna e confortável enfermaria de cuidados paliativos, o financiamento integral de mais dois hospitais (Hospital Estadual e SARAD) e o investimento de quase 12 milhões de reais em novos equipamentos, além da troca integral de nosso instrumental cirúrgico.
Manter este crescimento é um desafio, mas desafio maior é fazer com que todos que nos procuram sejam tratados com respeito e cordialidade, não importa quem sejam ou de onde venham. Temos esperança que isto logo aconteça.
Por falar em esperança, chegou 2020! Vamos mantê-la cada vez mais forte.
**Dr André Balbi é médico nefrologista, professor associado de Nefrologia da Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB) e atual Superintendente do HCFMB.