26 abril, 2024

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Após morte da filha, pais de Ágata arrecadam brinquedos para crianças internadas em hospital de Botucatu

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Os pais da menina Ágata Munhoz, de 10 anos, que morreu no mês de outubro deste ano após lutar contra um tumor no cérebro, em Botucatu, começaram uma campanha para que eles possam entregar brinquedos para as crianças que são pacientes do Hospital das Clínicas de Botucatu. O casal Eloana Maria Munhoz e Itallo Pablo Souza Braga mora em Bauru e pretende entregar os presentes no dia 23 de dezembro.

De acordo com a Eloana, a ideia foi inspirada na corrente de solidariedade que surgiu em prol da Ágata e tem como objetivo deixar o Natal dos pacientes do hospital mais feliz.  “A Ágata faleceu em outubro, mas não podíamos deixar que a corrente de solidariedade acabasse. Apesar de todo sofrimento, a Ágata sempre sorria. Então o que queremos levar para as crianças do Hospital é o sorriso. Por isso, tivemos a ideia de arrecadar carrinhos e bonecas . Além disso, queremos levar os presentes com balas, pirulitos e chicletes”, afirma.

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Brinquedos serão entregues junto com cartão que traz mensagem de Natal (Foto: Eloana Munhoz/Arquivo pessoal)

“Palavra amiga”
Para Eloana, um abraço e carinho nas vésperas do Natal fazem toda a diferença para quem passa as festividades no hospital longe da família.

“Quantos Natais passei com a Ágata no hospital. Sei o quanto é triste e o quanto a gente se sente sozinho. Eu sei o quanto um abraço e uma palavra amiga fazem a diferença. Tem pessoas que são de outros Estados, como do Nordeste, que ficam no hospital sem os familiares por causa da distância. Então, quero poder ajudar assim como me ajudaram um dia. Nada como transformar a dor em alegria”, afirma.

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Ainda de acordo com a mãe, um amigo da família vai se vestir de Papai Noel para alegrar os pacientes. Cada brinquedo será entregue com um cartão que traz a foto da Ágata com uma mensagem que diz: “É no sorriso que mora a esperança de um mundo melhor”.

O casal já conseguiu arrecadar 84 carrinhos e 87 bonecas, além de doces. As doações podem ser entregues na Agência House Criativa, que fica rua Benjamin Constant, 7-86, no bairro Higienópolis, em Bauru.

Conforto

Eloana contou ao G1 que mobilizar essa campanha ajudou a família a se confortar mais em relação à morte da Ágata.

“Quanto mais passam os dias, mais dor a gente sente. Mas, temos que tocar a vida e seguir em frente. Ela nos deixou sua alegria e vamos levar isso sempre. Poder fazer essa campanha nos deixa mais confortados. Ontem era eu quem precisava de um abraço amigo. Agora, sou eu quem posso dar esse abraço. É assim que devemos prosseguir, sempre ajudando o próximo”, ressalta.

Relembre o caso

A menina Ágata Munhoz, de 10 anos, morreu no dia 17 de outubro, em Botucatu (SP), após lutar contra um tumor no cérebro. Ágata tinha uma página na rede social, chamada 1 Minuto pela Ágata, onde eram divulgadas campanhas e o estado de saúde da menina.

A criança morava em Bauru, mas estava internada há mais de um ano no Hospital das Clínicas da Unesp de Botucatu para tratar do tumor. Ela chegou a fazer 12 cirurgias e o câncer já havia sido retirado. Porém, segundo a jornalista Rose Araujo, que era uma das responsáveis pela página da Ágata nas redes sociais, o câncer voltou de forma agressiva e o quadro de saúde piorou. “O tumor veio muito mais agressivo e não houve tempo para tratá-lo desta vez. Ela estava com o coração fraco devido às muitas medicações”, afirma Rose.

Desde setembro, familiares e amigos estavam pedindo nas redes sociais uma corrente de oração, pois a menina estava internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em estado grave.

Luta
Depois de descobrir que a filha de 10 anos sofria de um tumor no cérebro, Eloana Maria Munhoz e Itallo Pablo Souza Braga, moradores do bairro Santa Edwirges, em Bauru (SP), começaram uma campanha em uma rede social para que eles possam se dedicar ao tratamento da doença da filha. Amigos do casal, professoras da menina e voluntários ajudaram a família com as doações.

 A menina passou a “morar” no hospital e a rotina da família precisou mudar. O pai, que era gerente de lanchonete, teve de abandonar o emprego para acompanhar a filha, segundo Eloana. “Como ela não pode sair do hospital, meu marido precisou sair do emprego para nós criarmos uma rotina de revezamento. Uma semana um ficava em Botucatu com a Ágata e o outro ficava em Bauru para cuidar dos nossos outros dois filhos, de 6 e 3 anos”, explica a mãe.

Eloana Maria Munhoz e Itallo Pablo Souza Braga lutaram para manter tratamento da filha em Botucatu (Foto: Eloana Munhoz/Arquivo pessoal)

Sintomas
De acordo com Eloana, a criança estava normal e sadia, quando começou a apresentar vômitos no começo de 2014. Após consultas, a família recebeu o diagnóstico de que Ágata estava com tumor cerebral.

“Eu achava que ela estava passando por um momento de nervoso, pois sofreu bullyng na escola. Levei em um médico, que disse que era refluxo. Tratei por seis meses como se fosse a doença. Porém, os vômitos se tornaram frequentes e a Ágata começou a emagrecer e ficar muito fraca. Foi quando um dia ela não parava em pé e a levei para o pronto-socorro. Após uma tomografia cerebral, foi constatado o câncer”, conta a mãe.

Doença
Agátha tinha meduloblastomas, que são tumores que se desenvolvem a partir das células neuroectodérmicas no cerebelo. São tumores de crescimento rápido e, muitas vezes, se disseminam ao longo das vias do líquido cefalorraquidiano, mas podem ser tratados com radioterapia e quimioterapia. Ocorrem com mais frequência em crianças do que em adultos.

Eles são parte de uma classe de tumores denominados neuroectodérmicos primitivos (PNETs) que também podem se iniciar em outras partes do sistema nervoso central. É o câncer do sistema nervoso central mais frequente em pediatria, responsável por 12% a 25% dos tumores intracranianos em crianças.

Fonte: G1

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