06 maio, 2024

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Após críticas de Doria, João Cury rebate e afirma que o material foi comprado

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O Governador João Doria Júnior (PSDB) disse, após a primeira reunião com o Secretariado de Governo, no dia 2 de janeiro, que é preocupante a situação da Educação e da Segurança Pública em São Paulo. “Não queremos fazer aqui uma caça às bruxas ou estigmatizar o Governo anterior, mas falar a verdade. Na área da Educação, a situação é muito ruim. Na área de Segurança Pública, a situação é boa e será melhorada”, afirmou Doria.

Na coletiva, o novo Secretário de Educação do Estado, Rossieli Soares da Silva, que sucede João Cury, ressaltou a possibilidade de que 2,5 milhões de estudantes sejam prejudicados pela falta de 8,5 mil professores que poderiam ser supridos com docentes temporários, mas, no final do ano passado (2018), a Justiça Estadual proibiu a contratação desse tipo de profissional temporário em todas as Secretarias Estaduais. Conforme divulgou a Secretaria de Comunicação do Estado, devido à falta de professores ativos na rede escolar, perto de 60 mil alunos, em todo o Estado, podem não ter nenhum professor no início das aulas. Também foi divulgado que não teria sido feito aquisição de material escolar e material de apoio para este ano letivo. O ex-Secretário Estadual de Educação, João Cury Neto, negou que não tenha feito provimento de material escolar e não tenha feito gestão para resolver o problema da falta de professores na rede escolar. Ele avalia que deve ter ocorrido algum problema de comunicação com a equipe de transição, pois a ação movida pela Justiça do Estado, contrária à convocação de professores temporários para aulas, havia sido informada à equipe de transição de Doria e ocorreu no final de 2018.

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“A Justiça do Estado entrou com uma ação contra a Secretaria no ano passado, determinando que o Estado faça a contratação de professores e pare de trabalhar com temporários. A Procuradoria Geral do Estado recorreu da decisão, não só pela questão da situação da Secretaria de Educação, como de outras secretarias do Estado, que vivem o mesmo problema”, explicou. João Cury afirmou que embora possa faltar professores na rede escolar, as vagas estão ocupadas por profissionais que, em grande parte, estão afastados do serviço por diversos motivos, como doença, licença maternidade e outras situações.

“A equipe de transição sabia desse problema em relação aos temporários, pois não atinge apenas a Secretaria de Educação, mas outras pastas de Governo. Tanto que a Procuradoria do Estado ingressou com ação argumentando e contestando a decisão. Pode ser que tenha ocorrido algum problema aí, não sei se por alguma falha ou outra coisa parecida”. João Cury destacou que existem concursos públicos abertos para professores, que permitem a contratação de professores, mas a sua gestão não teve tempo de avaliar ou não a convocação.

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“Tem concurso aberto e o novo Secretário poderá, se desejar, fazer a convocação de novos professores, mas é preciso avaliar se tem a vaga, pois muitos que não estão dando aula estão afastados por algum motivo justificado”.Material escolar João Cury negou que não tenha feito a compra de material escolar. “Isso não é verdade”, disse enfático.

“A Secretaria de Educação comprou os materiais escolares, que serão entregues a partir do dia 15 de janeiro. Tanto isso é verdade, que no dia 21 de dezembro publiquei na rede social (Facebook) a foto da assinatura de contrato com a empresa que vai fornecer os kits escolares. Primeiro chega na capital, depois vai ser distribuído na região metropolitana e até o início de março para todo o interior”, assinalou.

Na foto divulgada na rede social, conforme disse João Cury, é informado que aproximadamente 4 milhões de kits serão entregues pela Fundação de Desenvolvimento Escolar (FDE), que foi a responsável pela realização do processo de aquisição do material e fará a distribuição.

Ainda na rede social, o ex-Prefeito de Botucatu e ex-Secretário Estadual de Educação destacou que teve um encontro com o novo Secretário de Educação, quando ainda era Ministro de Temer, para discutir a transição.

“Na reunião conversamos sobre diversos assuntos, entre eles sobre o caderno do aluno, que é o nosso material didático. Acertamos, conjuntamente, que em 2019 o novo caderno já deveria vir atualizado, com base no novo currículo, que acabara de ser aprovado pelo Conselho Nacional de Educação. Nesse sentido, decidimos não imprimir o caderno com o conteúdo dos anos anteriores, pois ele não atenderia as novas necessidades curriculares dos alunos”.

Cury salientou, ainda, que foi combinado que em 2019 o novo governo “ofereceria um material de transição, até que um novo fosse discutido com a rede, atualizado à luz do novo currículo e posteriormente impresso e entregue. Da mesma forma, os direitos autorais seriam contratados, de acordo com as obras que no material estariam contidas. Tínhamos mais pessoas presentes nesse encontro. Se nada mudou, deverá ser este o encaminhamento a ser dado pela nova gestão”, finalizou.

Jornal Leia Notícias Por Haroldo Amaral

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