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O presidente da Argentina, Javier Milei, anunciou neste sábado (9) que revogou um decreto que aumentava o salário dele e de ministros. O reajuste foi alvo de críticas da sociedade argentina além de membros da oposição.
No dia 21 de fevereiro, o governo argentino concedeu um aumento de 30% no salário mínimo para os trabalhadores — abaixo do esperado por empresários e sindicatos.
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No entanto, ainda em fevereiro, um documento assinado por Milei também previa o aumento salarial do presidente, ministros e outros cargos do governo. Segundo a oposição, entretanto, esse aumento foi de quase 50%.
O caso ganhou repercussão na imprensa argentina. Neste sábado, em um post nas redes sociais, Milei disse que vai revogar a medida e culpou a ex-presidente Cristina Kirchner pelo aumento.
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“Acabo de ser informado que em decorrência de um decreto assinado pela ex-presidente Cristina Kirchner em 2010, que estabelecia que os dirigentes políticos deveriam ganhar sempre mais que os funcionários da administração pública, foi concedido um aumento automático aos quadros políticos deste governo”, escreveu.
O Gabinete Presidencial também publicou uma nota afirmando que o aumento havia sido dado de forma automática por causa de um decreto assinado por Kirchner.
“A situação herdada é crítica, e os argentinos estão fazendo um sacrifício heroico. É tempo de os políticos pagarem o custo do que provocaram”, afirmou o governo.
Em uma rede social, a ex-presidente Cristina Kirchner rebateu as acusações e disse que Milei está destruindo as pensões e os salários dos argentinos.
“Quero pensar que o senhor lê o que assina, não é? No [decreto sobre aumento] de janeiro, o senhor não incluiu expressamente as autoridades, e no de fevereiro o senhor e os seus funcionários foram incluídos”, escreveu.
Kirchner também afirmou que o decreto assinado por ela há 14 anos não tem nada a ver com o reajuste salarial do atual presidente.
Desde o início do governo, Javier Milei tem adotado medidas para cortar gastos e atingir o déficit zero nas contas públicas. Por outro lado, as políticas de ajuste têm sido alvos de críticas em vários setores da sociedade, resultando em greves e manifestações.
Fonte: G1