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Assim que surgiu a informação de que a deputada Isa Penna (PSOL-SP) havia sido assediada, na última quarta-feira (16), em sessão da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), uma rede de solidariedade se criou em torno do autor da agressão, o deputado de Botucatu, Fernando Cury, que acabou sendo afastado do seu partido, o Cidadania.
Cerca de 15 parlamentares, entre eles algumas deputadas, foram ao gabinete de Cury com o objetivo de afirmar que ele não havia feito nada demais. Eles também passaram a desqualificar Isa Penna.
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A avaliação de Cury e os deputados que o cercam é que o caso deve esfriar durante o recesso parlamentar, que vai até fevereiro. Os nomes dos deputados que foram ao gabinete não foram divulgados pela Folha de S. Paulo.
O deputado Delegado Olim (PP) afirmou para o Painel, da Folha, que Isa Penna “é complicada”, mas está no direito de levar o caso ao Conselho de Ética. Ele afirmou também que Cury é “um cara gente boa”. “Mas foi imbecil, infeliz”.
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Assista ao vídeo do assédio:
Afastamento
“O Deputado Estadual Fernando Cury fica liminarmente afastado de todas as funções diretivas partidárias, em todas as instâncias, bem como de todas as funções exercidas em nome do Cidadania, inclusive junto à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo”, diz o documento divulgado pelo partido, que classificou o episódio como “grave”.
A situação ocorreu na quarta-feira e foi denunciada por Penna na quinta-feira. A deputada foi até a tribuna da Alesp exigir respeito e anunciar que tomaria as medidas cabíveis contra Cury.
“Eu fui assediada, eu fui apalpada na lateral do meu corpo pelo deputado Fernando Cury, do partido Cidadania. O vídeo já vai estar disponível e eu vou entrar com um boletim de ocorrência e com uma representação. Certamente não é um caso isolado. A gente vê a violência política e institucional o todo tempo contra as mulheres. O que dá direito a alguém a encostar em uma parte íntima do meu corpo? O meu peito é íntimo. É o meu corpo. Eu estou pedindo pelo direito de ficar de pé e falar com o presidente da Assembleia Legislativa sem ser assediada”, afirmou a deputada.
Revista Fórum