Aos 13 anos, botucatuense faz sucesso com música sobre os desafios da pandemia e do isolamento social

Acostumada com os cânticos gospel que ouvia, da voz de sua mãe, desde a infância, Ana Júlia Acieli Nogueira, de 13 anos, moradora de Botucatu foi se apaixonando pela música e começou a escrever as suas próprias letras. Com influência dos músicos da chamada “nova MPB”, o som da adolescente foi se afinando aos principais acontecimentos do mundo, como o atual cenário de pandemia.

Mesmo com a pouca idade, a letra de “Longe Agora” fala sobre as angústias vividas por muitos em um tempo em que o distanciar tornou-se essencial. “Uma tarefa da escola motivou a composição. A professora pediu pra gente fazer uma paródia de alguma música, com o tema da quarentena, mas em parceria com o meu amigo André Aguiar, fizemos uma autoral e a professora deixou”, relembra a garota.

Esta é a segunda composição na qual André Henriques Ribeiro de Aguiar, de 13 anos, está com Ana Júlia. “Eu gosto muito de fazer música com ela, porque a Ana tem ritmo e melodia e eu ajudo com as letras. A primeira foi Carpe Diem, com outros colegas de sala, que falamos contra o suicídio e a depressão”, conta o parceiro na composição. De família musical, André conta que apesar de tocar teclado, seu foco são as letras. “Tenho o hábito de compor, a parte de cantar e tocar eu deixo para a Ana”, afirma o adolescente.

DO GOSPEL

Ana Júlia conta que a música foi composta em apenas 2 horas, em maio deste ano, e logo depois, foi publicada no YouTube, onde já teve mais de 1 mil visualizações. “O pessoal vem gostando da música. Eu já compus outras, mas eram do estilo gospel. Só essa eu, realmente, divulguei”, conta.

Mãe da compositora, Cristiana Acieli Nogueira, conta que foi o pai da menina quem ensinou os primeiros acordes para ela. “Eu sempre cantei na igreja e ela, desde pequenininha, me pedia para cantar comigo. Como tínhamos um violão em casa, quando ela tinha uns 8 anos, o pai – que só sabia algumas notas – ensinou para ela”, afirma. Depois disso, Ana Júlia foi desenvolvendo suas habilidades com o instrumentos e passou a fazer aulas. “Estudo violão há 5 anos e ainda tenho vontade de fazer aulas de canto para me aperfeiçoar”, diz a garota.

FUTURO

Além do estudo, do qual não abre mão, Ana Júlia deseja continuar se aperfeiçoando na arte que se diz apaixonada. “Eu amo muito cantar e tocar, quero fazer carreira com a música, mas com certeza, focando nos meus estudos agora. É muito bom poder contar com os meus pais, que me apoiam e incentivam muito para que eu continue compondo”, afirma.

Fonte: Jcnet