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Um ano dentro de casa, com saídas controladas, sem escola ou com poucos dias de aulas presenciais, de máscara, sem poder tocar os colegas e sem ver avós e outros parentes. Em muitas casas, soma-se o excesso de eletrônicos e tempo de tela, além da falta de atividade física. Este é o cenário no qual muitas crianças estão vivendo em meio à pandemia do coronavírus.
Mesmo que necessário, o isolamento trouxe uma mudança radical no estilo de vida e está trazendo consequência negativas para os pequenos que andam com a saúde emocional abalada: dor de barriga, gagueira, apetite descontrolado e muito choro estão entre os sintomas que mães relataram ao Portal Universa.
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Dentre as mães que falaram sobre a saúde dos filhos, está a farmacêutica Alline Thays Tomal, 42 anos, moradora de Botucatu.
Tique nervoso, apetite descontrolado e internação
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Na casa da farmacêutica Alline Thays Tomal, 42 anos, de Botucatu (SP), a ansiedade também bateu na porta, mas com sintomas diferentes. Seu filho Joaquim, 10 anos, sempre foi uma criança agitada. Aos seis anos, após receber algumas queixas das professoras por não ficar quieto durante as aulas, Aline o levou a um neurologista e uma psicólogo, mas ambos descartaram qualquer problema de desenvolvimento na criança. No ano de 2020, Joaquim não teve aulas online. A escola enviava vídeos gravados e atividades aos alunos. Para uma criança agitada como Joaquim, esse sistema de ensino era puro tédio. Foi aí que começaram os sinais de ansiedade: dores de barriga e tiques nervosos de piscar os olhos e fazer barulho com a boca. Joaquim também não dorme mais sozinho, como fazia antes da pandemia, e acorda pelo menos uma vez por noite e chama pelo pai. Outro sinal de alerta foi o apetite exacerbado.
Há cerca de 10 dias, Joaquim foi internado em um hospital com adenite mesentérica, inflamação dos gânglios linfáticos do abdômen. A causa da doença ainda está sendo investigada, mas uma das médicas que o acompanhou disse que o problema pode ter relação com a alimentação excessiva.
Outra preocupação da mãe é a exposição a telas por muitas horas no dia. Por isso, Alline passou a fazer mais atividade física com o filho. O matriculou em um curso de skate e começou a levá-lo em um campinho para jogar bola. Neste ano, o garoto mudou de escola, para uma que oferece aulas online mais interativas. Mas, com a piora na pandemia, algumas atividades fora de casa, como o futebol, tiveram de ser interrompidas. “Pretendo levá-lo novamente na psicóloga”, diz.
Os depoimentos completos de mães você encontra no link abaixo:
Fonte: Universa Uol