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Os argentinos foram às urnas neste domingo (27) para escolher um novo presidente. E o candidato peronista de cetro-esquerda Alberto Fernández, que tem como vice a ex-presidente Cristina Kirchner, venceu as eleições presidenciais do país, com 83% das urnas apuradas e com 47% dos votos.
Fernández disputou a eleição contra o liberal de direita Mauricio Macri, que buscava a reeleição e ficou com 41% dos votos. O atual presidente já havia sido derrotado nas eleições primárias de 11 de agosto. Na ocasião, o peronista teve 49,49% dos votos válidos.
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Para vencer no primeiro turno das eleições argentinas, o candidato precisa ter 45% dos votos ou 40% com dez pontos de vantagem sobre o segundo colocado.
Com o resultado, Fernández, um advogado de 60 anos, assumirá em 10 de dezembro a Presidência de um país mergulhado em uma grave crise econômica.
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Começa agora um novo rumo na relação da Argentina com países vizinhos e com o mundo. Alberto Fernández, que havia enfrentado verbalmente o presidente brasileiroJair Bolsonaro, chamando-o de “racista, misógino e violento” e também pedido a libertação de Lula, mudou de tom ao longo da campanha.
Em mais de uma ocasião, depois disso, disse que não falaria mais sobre Bolsonaro nem responderia a provocações.
Na tarde deste domingo, o kirchnerista publicou uma foto no Twitter em que faz a letra L com as mãos, símbolo do movimento Lula Livre, e parabenizou o ex-presidente brasileiro pelo aniversário de 74 anos completados neste domingo.
“Também hoje faz aniversário meu amigo Lula, um homem extraordinário que está injustamente preso faz um ano e meio”, escreveu Fernández. “Parabéns pra você, querido Lula. Espero te ver em breve.”
Ainda que não estejam claras as linhas de sua política econômica e nem sequer tenha escolhido um ministro para a área – os mais cotados são Matias Kulfas e Roberto Lavagnan -, Fernández já definiu outros pontos.
Será contra uma nova legislação de flexibilização do trabalho, que Macri tentava aprovar no Congresso. Contrariando o FMI, será a favor da volta de alguns subsídios, da renegociação dos prazos da dívida de US$ 57 bilhões com o Fundo e da revisão do acordo do bloco com a UE.
Com relação a esse acordo em particular, Fernández já afirmou tratar-se de “uma carta de intenções”, que o atual governo teria usado para se autopropagandear.
Segundo um assessor econômico do candidato, Fernández considera que precisa ver esse acordo para que sejam retirados itens que possam prejudicar a produção nacional.
Fernández diz ser a favor da abertura de mercados, porém, “desde que não custe o trabalho dos argentinos”. Espera-se, portanto, que sua política econômica seja menos protecionista do que a da gestão de sua vice, Cristina Kirchner, mas mais protecionista do que a de Mauricio Macri.
Fonte: Yahoo!