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Um homem preso em Washington por se passar por agente federal dos EUA havia dois anos afirmou que tem vínculos com o serviço secreto do Paquistão, informou nesta quinta-feira a Justiça americana.
Haider Ali, 35, foi preso em Washington pelo FBI com Arian Taherzadeh, 40, ambos acusados de usurparem funções ao afirmarem desde fevereiro de 2020 que pertenciam ao Departamento de Segurança Interna (DHS) e terem tentado “obter favores” de agentes do Serviço Secreto, a agência de elite encarregada de proteger o presidente dos Estados Unidos e sua mulher.
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Segundo a acusação, o dois homens ofereceram presentes caros ou hospedagem gratuita a agentes em um prédio de luxo em Washington no qual Taherzadeh ocupava vários apartamentos.
Heider Ali “afirmou a testemunhas que possuía vínculos com o serviço de inteligência paquistanês (ISI)”, indicou o procurador-adjunto Joshua Rothstein durante audiência no tribunal de Washington.
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A polícia encontrou durante buscas um passaporte dos EUA no seu nome com vistos do Paquistão e Irã de entre 2019 e 2020, enquanto o serviço de imigração indicou que eles também viajaram para Istambul e Doha em 2019. Esses novos elementos poderiam agravar as acusações contra os dois homens, que correm o risco atualmente de pegar três anos de prisão, segundo o procurador.
Ambos afirmaram que eram membros de uma “unidade especial” do DHS que investigava grupos criminosos e o ataque de janeiro de 2021 ao Capitólio. Eles eram vistos com uniformes, armas e documentos falsos, e dirigiam veículos com sirenes semelhantes aos usados pelos agentes federais.
Para se integrarem à comunidade de residentes do prédio, composta por membros de agências de segurança federal e militares que trabalhavam no Congresso, os dois homens ofereceram celulares, drones, televisores e distintivos da polícia. Também propuseram pagar um fuzil AR-15 semiautomático de US$ 2.000 a um agente que fazia parte da equipe de segurança da primeira-dama, Jill Biden.
Durante quase um ano, Taherzadeh hospedou gratuitamente agentes do Serviço Secreto e do DHS gratuitamente em apartamentos cujo aluguel superava US$ 4.000 mensais.
“Todos os agentes do Serviço Secreto envolvidos nesse caso sofreram suspensão administrativa e tiveram proibido o acesso a instalações, equipamentos e sistemas da agência”, informou o Serviço Secreto.
Durante as operações de busca, policiais também encontraram um arsenal de armas, munições e equipamentos táticos e de vigilância, além de um arquivo com informações sobre todos os residentes do imóvel, segundo o procurador-adjunto.
Fonte: Yahoo!