29 de outubro, 2024

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Viúva de alto dirigente do EI teria ajudado a CIA a procurar Al Bagdadi

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A viúva de um alto dirigente da organização jihadista Estado Islâmico (EI), presa na operação em que seu marido morreu, ajudou a CIA a buscar o líder da organização Abu Bakr Al Bagdadi (foto), informou um jornal britânico nesta sexta-feira (31).

Nisrine Asad Ibrahim, também conhecida como Umm Sayyaf, revelou em uma entrevista ao jornal The Guardian que a refém americana Kayla Mueller ficou em sua casa no Iraque, onde supostamente foi abusada sexualmente por Bagdadi.

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A jihadista, de 29 anos, é acusada de colaborar junto com seu marido para manter Mueller e outros homens presos, o que ela nega.

A mulher foi presa em maio de 2015 na zona petrolífera de Al Omar, na Síria, informou o The Guardian, em uma operação militar americana, onde seu marido, um alto chefe do EI conhecido como Abu Sayyaf, morreu.

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Ibrahim começou a colaborar com a agência de inteligência americana CIA e com a inteligência curda para tentar encontrar o esconderijo do líder jihadista.

A mulher assegurou na entrevista que em fevereiro de 2016 pôde identificar uma casa na cidade iraquiana de Mossul onde Al Bagdadi esteve, mas os Estados Unidos não quiseram realizar um ataque aéreo.

“Eu disse a ele onde ele estava”, disse na entrevista, realizada em uma prisão da cidade curda de Erbil.

Al Bagdadi proclamou a criação de um “califado” em amplos territórios da Síria e do Iraque em 2014.

O líder manteve a descrição à medida que sua organização perdia terreno. No mês passado, voltou a aparecer diante das câmaras para reconhecer a derrota territorial do grupo um mês antes.

A mulher foi condenada à morte por um tribunal em Erbil, informou o The Guardian.

Na entrevista, Ibrahim disse que a americana Mueller foi levada à sua casa na cidade síria de Shadadi (leste) em setembro de 2014, quando as mulheres da minoria yazidi foram sequestradas para serem usadas como escravas sexuais.

Ibrahim foi acusada de manter Mueller em cárcere privado, assim como outras mulheres. A americana teria sido abusada sexualmente por Bagdadi.

“Ela foi tratada de maneira distinta às yazidies”, disse Ibrahim, referindo-se a Mueller.

Ibrahim disse que a última vez que viu Mueller foi no final de 2014, quando Bagdadi chegou do Iraque.

Três meses depois ela soube da morte de Mueller.

Combatentes do EI asseguram que Mueller, que foi sequestrada na cidade síria de Aleppo em agosto de 2013, morreu em fevereiro de 2015 durante um bombardeio aéreo da coalizão que a deixou sob escombros.

Funcionários americanos consideram que as circunstâncias de sua morte continuam sendo confusas. Ela tinha 26 anos de idade.

Fonte: Yahoo!

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