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Nesta quarta-feira (14), um homem que havia ganhado R$ 47,1 milhões na Mega-Sena em 2020 morreu em Hortolândia, no interior de São Paulo, após ter sido encontrado com sinais de espancamento às margens de uma rodovia. Esse é o caso mais recente envolvendo vencedores de prêmios de loteria que, depois de se tornarem milionários, foram assassinados ou sofreram golpes.
A nova vítima é Jonas Lucas Alves Dias, de 55 anos, que saiu para fazer uma caminhada e desapareceu. Criminosos tentaram sacar R$ 3 milhões da conta dele e retiraram cerca de R$ 20 mil por meio de transferências bancárias e PIX. Até a última atualização desta reportagem, ninguém havia sido preso. Nesta quinta-feira (15), a polícia confirmou que o prêmio milionário motivou o crime.
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Viúva da Mega-Sena

Em dezembro de 2016, Adriana Ferreira, conhecida como a Viúva da Mega-Sena, foi condenada a 20 anos de prisão por mandar matar o companheiro, o ex-lavrador René Senna, que em 2005 havia ganhado R$ 52 milhões na Mega-Sena.
Em 2007, René foi morto com quatro tiros em um bar de Rio Bonito, no interior do Rio de Janeiro. Os dois assassinos foram descobertos e condenados a 18 anos de prisão. A promotoria defendeu a tese que a dupla foi paga por Adriana. As investigações apontaram que ela planejou o assassinato após o companheiro descobrir que a mulher tinha um amante e ameaçar tirá-la do testamento.
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Julgada em 2011, Adriana foi absolvida, mas o Ministério Público recorreu, e o Tribunal de Justiça anulou o julgamento por entender que a decisão do júri foi contrária às provas apresentadas.
Cinco anos mais tarde, ela foi considerada culpada pela maioria dos jurados e condenada a 20 anos de cadeia. Em 2018, 11 anos depois do crime, ela foi presa em Tanguá, na Região Metropolitana do Rio. Em 2021, uma decisão do STJ anulou o testamento que beneficiava Adriana Ferreira Almeida Nascimento. De acordo com a sentença, ela não ficará com nenhuma parte do patrimônio de René.
Golpe de ex-sócio em homem de 71 anos
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Em abril de 2018, Fredolino José Pereira, hoje com 71 anos, juntou latinhas de cerveja na rua e vendeu para reciclagem em Viamão, na Região Metropolitana de Porto Alegre. Dos R$ 13 que recebeu, usou R$ 7 para fazer duas apostas na Mega-Sena. No dia seguinte, tornou-se milionário ao ganhar um prêmio de R$ 10.251.126,97.
Em abril deste ano, ele disse que foi vítima de um golpe de um ex-sócio em uma funerária e alegou ter perdido todo o dinheiro.
Após a denúncia, a Polícia Civil investigou o caso e, em agosto, a juíza do caso acolheu a denúncia do Ministério Público contra o ex-sócio do milionário e a namorada do suspeito. Com isso, os dois viraram réus no processo.
Assassinado após ganhar R$ 39 milhões
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O empresário Miguel Ferreira Oliveira, conhecido na região do Cariri, no Ceará, como milionário da Mega-Sena, foi assassinado a tiros em um bar em fevereiro de 2018, em Campos Sales, a cerca de 480 quilômetros de Fortaleza. Ele morava em São Paulo quando, em 2011, ganhou o prêmio de R$ 39 milhões em 2011.
Em 2019, a polícia prendeu um suspeito do crime, Antonio Pedro dos Santos, de 30 anos. No ano seguinte, ele também foi assassinado a tiros em Campos Sales. O corpo dele foi encontrado junto ao de outro homem, que também tinha lesões provocadas por disparos de arma de fogo.
Ganhadores de bolão assassinados
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Em novembro de 2008, Altair Aparecido dos Santos, de 43 anos, que no ano anterior havia sido um dos ganhadores do prêmio de R$ 16 milhões da Mega-Sena, foi morto a tiros no em Limeira, no interior de São Paulo, durante um churrasco na chácara dele.
O prêmio da Mega-Sena tinha sido dividido entre outras 15 pessoas que faziam parte de um bolão organizado com frequência em um bar da cidade.
No boletim de ocorrência, a viúva de Altair afirmou que o marido vinha sofrendo ameaças de um outro homem. Ela mencionou que, em um bar do município, havia sido colocada uma faixa com a frase: “Limeira está pequena para nós dois”.
O crime aconteceu depois de uma polêmica envolvendo a divisão do prêmio, já que dois participantes usuais do bolão não teriam feito o pagamento do bilhete vencedor e, por isso, acabaram recebendo uma quantia inferior à dos demais. A polícia não divulgou se essas duas pessoas eram suspeitas do assassinato.
Em 2016, outro vencedor do prêmio de R$ 16 milhões que participou do bolão, o autônomo Arlei Rosa Silva, de 53 anos, foi encontrado morto em uma estrada da cidade de Limeira. Na época, a polícia descartou a possibilidade de ligação entre os dois casos.
Fonte: G1,