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Presença de ratos em áreas urbanas representa ameaça à saúde pública e pode causar danos estruturais em residências e comércios.
A Vigilância Ambiental em Saúde reforçou o alerta sobre os riscos associados aos roedores urbanos e divulgou orientações preventivas à população de Botucatu. Além de provocar prejuízos materiais, esses animais são vetores de doenças e se proliferam rapidamente quando encontram alimento, água e abrigo.
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De hábitos predominantemente noturnos, os roedores possuem dentes incisivos de crescimento contínuo, o que os obriga a roer constantemente. Por esse motivo, costumam estragar mais alimentos do que consomem. Com olfato e paladar apurados, encontram no lixo doméstico sua principal fonte de alimentação, selecionando inclusive alimentos ainda próprios para consumo.
No meio urbano, três espécies são mais comuns. A ratazana (Rattus norvegicus), de maior porte, é conhecida como rato de esgoto e costuma viver em tocas no solo, sendo encontrada em terrenos baldios, margens de córregos, lixões e redes de esgoto. O rato de telhado (Rattus rattus) tem corpo mais esguio, cauda longa e orelhas grandes, habitando forros, sótãos, telhados e armazéns, descendo ao solo apenas para buscar alimento. Já o camundongo (Mus musculus) é menor, vive principalmente dentro das casas e faz ninhos em armários, despensas, fogões e móveis.
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O ciclo de vida curto e o alto potencial reprodutivo contribuem para a rápida infestação. Em média, os roedores vivem de um a dois anos, podem se reproduzir a partir do terceiro mês de vida e cada gestação dura cerca de 19 a 22 dias, com ninhadas que variam de cinco a doze filhotes.
Do ponto de vista da saúde pública, os riscos são significativos. Os roedores estão associados à transmissão de doenças como leptospirose, salmonelose e hantavirose. Além disso, causam danos ao roer fiações elétricas, aumentando o risco de curto-circuito e incêndios, bem como tubulações, estruturas de madeira e embalagens de alimentos.
A infestação pode ser identificada por sinais como fezes, trilhas próximas a muros e paredes, manchas de gordura em locais de passagem frequente, roeduras em fios e móveis e, no caso das ratazanas, tocas no solo ou em áreas com vegetação.
A Vigilância Ambiental destaca que a prevenção é a principal forma de controle. Entre as medidas recomendadas estão o acondicionamento correto do lixo em sacos e lixeiras com tampa, o descarte apenas nos horários de coleta, o armazenamento adequado de alimentos, a vedação de frestas e buracos em imóveis, a instalação de telas em ralos e a eliminação de entulhos e materiais acumulados. Também é orientado manter ração de animais domésticos protegida e não exposta, especialmente à noite.
A participação da comunidade é considerada essencial para reduzir a presença desses animais no município. Ao identificar sinais de roedores, a orientação é procurar a Vigilância Ambiental em Saúde para avaliação e orientações.
O atendimento ocorre de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 17h. A recomendação é manter ambientes limpos e organizados, medida fundamental para a proteção da saúde coletiva.