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O Vaticano e o Vietnã anunciaram nesta quinta-feira que concordaram em ter um representante papal residente em Hanói, um passo que pode levar a relações diplomáticas plenas com o país comunista e fornecer um modelo para laços com a China.
A medida, noticiada pela primeira vez pela Reuters em 16 de julho, foi anunciada logo depois que o papa Francisco recebeu o presidente vietnamita, Vo Van Thuong, em uma audiência privada.
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A decisão é o resultado da atuação de um grupo de trabalho conjunto iniciado em 2009.
Um comunicado conjunto afirma que as duas partes desejam “continuar avançando nas relações bilaterais”.
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De acordo com um alto funcionário da Santa Sé, o Vaticano também pediu oficialmente, mas em particular, à China a permissão de um representante papal permanente em Pequim.
Autoridades do Vaticano esperam que a aceitação do Vietnã possa ajudar a persuadir Pequim a fazer o mesmo, disseram diplomatas à Reuters.
As relações entre o Vaticano e a China têm sido difíceis desde um acordo em 2018 sobre a nomeação de bispos que o Vaticano diz que a China violou várias vezes. O Vaticano diz que um escritório com um representante em Pequim pode evitar problemas futuros.
O Vietnã rompeu relações com o Vaticano depois que os comunistas assumiram o controle do país reunificado no final da Guerra do Vietnã, em 1975. As autoridades então entendiam que a Igreja Católica no Vietnã era historicamente muito próxima da antiga potência colonial, a França.
Partes do comunicado conjunto ecoam argumentos que o Vaticano tem usado para tentar convencer a China a avançar nas relações, como a capacidade de os vietnamitas serem “bons católicos e bons cidadãos”, contribuindo para o desenvolvimento do país.
Fonte: Agências