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Muita já se ouviu do quanto os videogames podem fazer mal a nós, desde críticas relacionadas à sociabilidade até mesmo aquelas que indicam que os jogos podem tornar crianças mais violentas. No entanto, durante o último encontro anual da Sociedade Americana de Neurociência, entre os 29 mil cientistas, muitos deles dedicaram seu trabalho ao estudo de tal área tão comum porém de efeitos tão desconhecidos.
“Os prováveis efeitos negativos de jogar videogame já foram bastante discutidos na mídia”, diz uma das palestrantes, Sabrina Schenk, em seu resumo. “Mas os efeitos positivos são quase completamente negligenciados”, de acordo com uma matéria do site Gizmodo. No entanto, a mudança de formas de ver os jogos tem mudado, tanto pelo aumento no número de jogadores quanto pela diversificação nas opções.
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Parte dos estudos realizados levam em conta a comparação do funcionamento cerebral de ‘gamers’ e pessoas que não estão habituadas a jogar, o resultado para algumas partes do cérebro chega a ser impressionante. A doutora Schenk, por exemplo, da Universidade o Ruhr, na Alemanha fez um experimento partindo deste princípio.
Ela pediu para que 15 ‘gamers’, ou seja, pessoas que jogam mais de 20 horas por semana em média, e ‘não gamers’ para que completassem um quebra-cabeça que testava habilidades probabilísticas. Durante toda a brincadeira o cérebro de cada um deles estava sendo monitorado por uma máquina de ressonância magnética. O resultado foi bom para quem é jogador, já que a atividade deles para solucionar os desafios foi muito mais complexa.
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Enquanto os fãs de jogos tiveram como base o uso de estratégias “multi-pistas”, as pessoas comuns iam por caminhos mais óbvios buscar as respostas, por meio de pistas únicas. O resultado também mostrou que regiões ligadas ao aprendizado, à formação da memória, assim como o aprendizado espacial se mostraram muito mais ativas durante o raciocínio dos ‘geeks’.
Paralelamente a isso, outros cientistas também dedicaram-se a investigar o universo crescente dos games. Gregory Dane Clemenson, por exemplo, da Universidade da Califórnia, explicou a inteligência dos ‘gamers’ a partir do conceito do “enriquecimento ambiental”. A comparação feita é com um cachorro num ambiente mais estimulante, que tem mais áreas do cérebro ativadas quando estimulado por um maior número de fontes. Na teoria, o mesmo aconteceria com o corpo humano.
Neste estudo por sua vez, também há uma ligação feita com o avanço nas perspectivas dos jogos. Uma vez que Clemenson comprova que pessoas habituadas com realidades em 3D nas telas alcançam ainda mais habilidades cerebrais. Por exemplo, jogos mais complexos como League of Legends, trazem para seus fãs uma maior habilidade no funcionamento do hipocampo se comparados aos fãs de games 2D, como Tetris.
Fonte: Yahoo!