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Um vídeo impressionante, exibido originalmente pela emissora chinesa “CCTV”, mostra o momento em que um homem é atropelado por dois tanques de guerra em Istambul, na Turquia, durante a madrugada do último sábado, quando ocorreu a tentativa de golpe militar no país.
Nas imagens, é possível ver o homem indo em direção ao centro da pista de um bairro da região leste de Istambul. Um primeiro tanque simplesmente ignora a presença do homem e passa por cima dele, literalmente.
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Em seguida, outro tanque surge em alta velocidade e também o atropela. Surpreendentemente, o homem levanta após ser atropelado, não parecendo estar gravemente ferido e é cercado por uma multidão. Confira:

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Erdogan amplia poder em meio a convulsão política na Turquia
Em meio a uma verdadeira caça às bruxas — que já levou à prisão ou destituição de, ao menos, 65 mil militares, policiais, juízes, funcionários públicos e professores — o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, declarou, ontem, três meses de estado de emergência no país após o fracassado golpe militar da madrugada da última sexta-feira para sábado, que deixou mais de 300 mortos, segundo o último balanço. Na prática, de acordo com a Constituição, o Conselho de Ministros, submetido ao presidente, passa a ter o poder de emitir decretos com força de lei em matérias de segurança, liberdade de movimento, de reunião e de expressão — sem passar pelo Parlamento.
A decisão foi tomada depois de um dia de reuniões com o Conselho de Segurança Nacional, que culminou com uma agressiva entrevista ao vivo à rede al-Jazeera, em que Erdogan acusou novamente “o indivíduo na Pensilvânia” — seu rival, o clérigo Fethullah Gülen — de estar por trás da quartelada. Além dele, o presidente disse acreditar no envolvimento de outros países na tentativa de derrubá-lo, mas se negou a nomear quais seriam, e afirmou que seria um “grande erro” se os EUA decidirem não extraditar o imã.
Segundo o último boletim oficial, a tentativa de golpe, deflagrada na noite de sexta-feira, deixou 312 mortos, sendo 145 civis, 60 policiais, três soldados e 104 rebeldes.
— A medida é necessária para erradicar rapidamente todos os elementos da organização terrorista envolvida na tentativa de golpe de Estado — justificou Erdogan, garantindo que a declaração de emergência não viola a Constituição de forma alguma. — Nenhum cidadão, nenhuma instituição deve ter preocupações relativas à democracia ou ao estado de direito durante o estado de emergência.
A medida excepcional impõe severas restrições aos direitos constitucionais. Permite impor toque de recolher e interromper o trânsito ou a passagem por certos lugares, de acordo com a vontade dos responsáveis por sua implementação em cada província, geralmente os delegados do governo. Além disso, a medida permite fazer batidas policiais sem prévia autorização judicial e obriga aqueles que desejarem se locomover dentro do país a solicitarem uma autorização especial.
Fonte: Extra