19 de setembro, 2024

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Vídeo de suposta decapitação de soldado ucraniano por russos gera comoção internacional

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As reações de indignação e espanto se multiplicam desde a manhã desta quarta-feira (12), após a difusão nas redes sociais de um vídeo que mostra a suposta decapitação de um soldado ucraniano por militares russos.

O vídeo, de um minuto e quarenta segundos, tem imagens chocantes e circula desde terça-feira (11). Um homem camuflado, usando uma máscara, corta o pescoço de outro homem fardado que se debate no chão gritando “está doendo”. 

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Após alguns segundos, os gritos param e ouvimos um homem atrás da câmera incitando o carrasco em russo a “cortar a cabeça” da vítima. Este termina sua decapitação com uma faca e mostra a cabeça decepada para a câmera. “Você tem que colocar na bolsa e mandar para o comandante”, diz uma voz em russo. 

A câmera também mostra o colete da vítima com o tridente ucraniano e uma caveira.

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“A União Europeia vai pedir explicações a todos os responsáveis e cúmplices de crimes de guerra” na Ucrânia, disse Nabila Massrali, porta-voz do chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, durante sua coletiva diária em Bruxelas.

Militares ucranianos disparam uma arma antiaérea, enquanto o ataque da Rússia à Ucrânia continua, na cidade de Bakhmut, Ucrânia (Foto: Reprodução)

A UE “não tem informações sobre a veracidade do vídeo”, mas “se confirmada, é mais uma evidência da natureza desumana da agressão russa”, afirmou Massrali.

A missão de direitos humanos da ONU na Ucrânia diz ter ficado “horrorizada” e mencionou um segundo vídeo mostrando “os corpos mutilados de aparentemente prisioneiros de guerra ucranianos”.

Nesta quarta-feira (12), o presidente Volodymyr Zelensky denunciou a “monstruosidade” das ações russas. “Este vídeo da execução de um prisioneiro de guerra ucraniano, o mundo deve vê-lo. Este é um vídeo da Rússia como ela é”, disse ele em um vídeo postado no Twitter. 

“Não é um acidente […] Já aconteceu antes. Foi assim em Bucha, milhares de vezes”, continuou, referindo-se à cidade nos arredores de Kiev que se tornou símbolo das atrocidades atribuídas ao Exército russo. “Prisão para os assassinos”, acrescentou.

Autenticidade precisa ser verificada

O Kremlin pediu que a “autenticidade” das imagens seja verificada. “É claro que essas imagens são horríveis”, disse o porta-voz da presidência russa, Dmitry Peskov, a repórteres.

“No mundo de ‘falsificações’ em que vivemos, devemos garantir a autenticidade deste vídeo”, acrescentou.

Desde que a invasão russa da Ucrânia começou em fevereiro de 2022, Kiev e Moscou acusam-se mutuamente de maltratar prisioneiros, o que é considerado crime de guerra.

No início de março, um vídeo que mostrava a execução de um prisioneiro de guerra ucraniano por soldados russos causou comoção na Ucrânia. Em novembro, o Kremlin ficou indignado com dois vídeos que mostravam a suposta execução de uma dezena de soldados russos que acabavam de se render às forças ucranianas.

No final de março, a ONU acusou as forças ucranianas e russas de cometerem execuções sumárias de prisioneiros de guerra durante a invasão. A Rússia também nega, apesar de evidências, as execuções sumárias de civis, em particular em Bucha, perto de Kiev, há um ano.

Fonte: Agências

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