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Após um mandado falso de prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva circular nas redes sociais, um golpe com consequências graves relacionado à condenação em segunda instância do petista pelos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção surgiu nas internet nesta sexta-feira. Uma publicação com um suposto vídeo em que Lula é preso e levado à delegacia apareceu para alguns usuários do Facebook. Trata-se de um post patrocinado de uma página chamada “Portal de notícias IG”, em alusão ao portal IG, que prometia imagens do momento em que o petista é levado pela polícia.
A publicação é falsa e se trata de um vírus que rouba informações pessoais do usuários, incluindo dados bancários. Ao clicar, o link direciona para uma página na internet que instala um arquivo espião no computador. Esse programa, chamado de “trojan”, pode roubar diversas informações do usuário, como dados de cartão de crédito e senhas de banco, redes sociais e e-mails.
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Lula não foi preso após ser condenado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª região (TRF-4) nesta quarta-feira a 12 anos e um mês de prisão. O órgão ainda julga os embargos de declaração feitos pela defesa do ex-presidente após a sentença.
O golpe foi identificado pelos especialistas da empresa de segurança informática Kaspersky Lab na manhã desta sexta-feira. De acordo com Fabio Assolini, analista sênior de segurança da Kaspersky, o arquivo estava hospedado na página de uma prefeitura do interior do Rio Grande do Sul.
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Ao identificar que a origem do arquivo vinha de um site governamental, ele comunicou o Centro de Tratamento de Incidentes de Segurança de Redes de Computadores da Administração Pública Federal (CTIR), que o retirou do ar. A página no Facebook, entretanto, seguia ativa até a noite desta sexta-feira.
— Os criminosos compraram anúncios patrocinados dentro do Facebook e usaram o perfil para uma postagem que oferecia o suposto vídeo. Como é uma publicação patrocinada ela não aparece na página que a publicou, e sim para alguns usuários selecionados. A compra dos anúncios no Facebook é automatizada, facilitando a promoção de qualquer tipo de conteúdo — explica Assolini.
O especialista destaca ainda que normalmente os criminosos aproveitam assuntos que estão sendo muito comentados, como foi o caso do julgamento do Lula, para dissiparem conteúdos maliciosos que atraem a curiosidade. A dica do especialista é para que os usuários sempre chequem se a página que está publicando o conteúdo é verdadeira e tenham sempre um antivírus instalado na máquina.
Fonte: Extra