24 de novembro, 2024

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Venezuela paga 50% do pagamento por 11 milhões de doses de vacinas Covax

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O governo venezuelano pagou pouco mais da metade do valor necessário para a aquisição de 11,3 milhões de doses de vacinas contra a covid-19 pelo mecanismo Covax, informou neste sábado (10) a vice-presidente Delcy Rodríguez.

A Venezuela, “por meio de todos os esforços diplomáticos e jurídicos em nível internacional, conseguiu financiar pouco mais de 50% do mecanismo Covax”, anunciou Rodríguez em declarações transmitidas pela televisão.

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O Covax, mecanismo da Organização Mundial da Saúde (OMS) criado para garantir a distribuição de vacinas aos países mais desfavorecidos, recebeu o equivalente “a 64 milhões de dólares, o que seria parte do adiantamento que a Venezuela está dando a este importante mecanismo para garantir 20% da vacinação venezuelana”, explicou a vice-presidente da Venezuela, ao ler trechos de um comunicado assinado por representantes do sistema.

“Os outros 60 milhões de dólares já estão garantidos e no devido tempo, quando for o caso, a Venezuela vai pagar”, garantiu Rodríguez.

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O Covax é liderado pela OMS, a Aliança pela Vacina Gavi e a Coalizão para a Promoção de Inovações para Preparação para Epidemias (Cepi) e busca fornecer doses para pelo menos 20% da população de cada país participante.

A entrada da Venezuela no mecanismo foi marcada por uma disputa política entre o governo de Nicolás Maduro, que Rodríguez representa, e a oposição liderada por Juan Guaidó, que recebeu o controle de fundos venezuelanos bloqueados no exterior por sanções.

A Venezuela assinou sua adesão ao Covax em 18 de setembro de 2020, segundo Rodríguez, mas a dívida do país com a OMS atrasou o recebimento de imunizantes.

Guaidó, reconhecido como presidente da Venezuela pelos Estados Unidos e outros cinquenta países, anunciou em 19 de março que iniciaria esforços para dispor de 30 milhões de dólares desses recursos congelados para pagar a entrada no Covax.

Rodríguez, sem se referir a essa gestão, acusou o líder da oposição de “sequestrar” o dinheiro e “impedir a Venezuela de acessar seus recursos para vacinação, remédios, suprimentos”.

A Venezuela tinha entre 1,4 e 2,4 milhões de vacinas Astrazeneca reservadas no Covax, mas o governo descartou este imunizante com base em relatórios técnicos sobre seus “efeitos colaterais”.

Rodríguez disse que em breve serão anunciadas quais vacinas o governo vai comprar via Covax.

Por enquanto, o plano nacional de imunização inclui o medicamento Sputnik V, do laboratório russo Gamaleya, e o do laboratório chinês Sinopharm, do qual menos de 1 milhão de doses chegaram ao país.

A Venezuela vive uma segunda onda de covid-19, ligada a duas variantes originárias do Brasil “mais virulentas e letais”, segundo as autoridades, que até hoje registram 172.461 casos e 1.739 mortes.

Fonte: Yahoo!

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