26 de novembro, 2024

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Venezuela amplia campanha de vacinação em plena segunda onda da covid

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Septuagenário, Jhonny vivia “tenso” até receber a primeira dose da vacina russa Sputnik-V. A Venezuela ampliou neste sábado (29) sua campanha de imunização contra a covid-19 para adultos idosos em meio a uma virulenta segunda onda.

“Mais do que contente, (estou) surpreso”, disse à AFP Johnny Becerra, de 72 anos, após tomar a injeção. Este aposentado da estatal petroleira PDVSA, se vacinou em uma área preparada para a imunização no hotel Alba, na área de Bellas Artes, no centro de Caracas.

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Este é um dos 27 postos de vacinação habilitados em todo o país pelo governo, que quer aumentá-los progressivamente a 77 com vistas a chegar à meta de vacinar 22 milhões de pessoas até dezembro e alcançar a “imunidade de rebanho”, anunciou na véspera o ministro da Saúde, Carlos Alvarado, pela TV oficial.

A Venezuela, com 30 milhões de habitantes, acumula cerca de 230.000 casos confirmados e 2.500 mortes, segundo cifras oficiais, questionadas por organizações, como a Human Rights Watch, por considerar que escondem uma alta subnotificação.

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Antes, o aposentado vivia “tenso porque a gente não sabe onde está a piada, evito entrar em grupos”, admite, com o cartão de vacinação na mão.

Sentados, dezenas de adultos maiores de 60 anos esperavam a vez de ser recebidos pelo pessoal sanitário que, vestindo batas azuis, gorros, protetores faciais e máscaras, aplicava a primeira dose da Sputnik-V.

O governo começou, assim, a segunda fase da imunização que inclui adultos maiores de 60 anos afiliados ao “Carnê da Pátria”, um documento de identidade criado pelo presidente Nicolás Maduro em 2017 para distribuir bônus e subsídios que a oposição denunciou como um mecanismo de controle social.

Embora todos os venezuelanos tenham carteira de identidade, nem todos estão inscritos neste mecanismo, no qual há 21 milhões de pessoas, segundo o governo.

“Não deveria ser porque somos trinta milhões e onde estão os outros nove milhões? Não concordo”, lamenta Carlos Rodríguez, aposentado de 75 anos, que recebeu uma mensagem de texto com informação sobre seu horário agendado, assim como o resto dos convocados.

Em uma primeira etapa, o governo socialista vacinou trabalhadores da saúde, professores, forças de segurança e autoridades, inclusive Maduro. Médicos e enfermeiras, no entanto, têm denunciado atrasos.

Também começou a sortear vacinas entre adultos maiores afiliados.

A Venezuela recebeu até o momento as vacinas russa Sputnik V e as chinesas do laboratório Sinopharm, e participa de testes de outra candidata da Rússia: a EpiVac Corona.

Em 23 de maio, o país recebeu 1,3 milhão de doses de vacinas da China, anunciou Maduro, embora sem informar de qual vacina se tratava. O lote se soma ao de 1,4 milhão de doses de vacinas anticovid que chegaram ao país, segundo o governo.

Fonte: Yahoo!

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