05 de novembro, 2024

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Vanderlei Luxemburgo é apresentado no Corinthians

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Vanderlei Luxemburgo pediu um voto de confiança do torcedor do Corinthians durante a coletiva de apresentação no CT Joaquim Grava, nesta sexta-feira.

Questionado sobre os protestos dos torcedores programados para este sábado, o treinador pediu para que a torcida esqueça as manifestações e abrace o time na sequência da temporada.

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– A resposta vai vir com o trabalho. Vamos trabalhar para não ter protesto. Vou cobrar a essência do Corinthians nesses jogadores. A torcida do Corinthians é o centroavante do time. Se eu puder mandar a mensagem, é para esquecer o protesto de amanhã, vem junto com a gente. Esse centroavante precisa entrar primeiro em campo, para depois nós entrarmos e sermos abraçados.

– É um trabalho novo, com responsabilidade e sabendo o que é o Corinthians. Vai ser um processo interno, duro e com muito trabalho. Se eu puder pedir ao torcedor, é que abrace esse nosso momento, não dividir o clube agora – disse Luxemburgo.

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Vanderlei Luxemburgo em sua apresentação no Corinthians (Foto: Rodrigo Coca/Ag. Corinthians)

Prestes a completar 71 anos, Vanderlei Luxemburgo pediu paciência com os jogadores e também com o início do seu trabalho na terceira passagem pelo Corinthians.

– Se você entender que a idade chega para todo mundo… A gente tá nisso há muito tempo, aqui mesmo temos mais velhos, mais novos, e comigo não é diferente. Eu me cuido, me preparo. No dia que eu sentir que vou chegar num treinamento e não conseguir dar o treino, aí eu paro. A idade chega, mas adquiri mais sabedoria. Decisões que tomei com 50, não tomo mais. Com 60, também.

– Com respeito a torcida e protesto. Nesse momento, tem protesto, tá. Mas se eu puder passar uma mensagem. Não vai ter passividade dentro do Corinthians. Vamos estar atentos a tudo que está sendo feito. Vamos tomar as decisões que têm que ser tomada. Eu peço ao torcedor, que eu conheço, que entenda o momento. Se voltando contra nós, vai só separar. Essa torcida é fantástica quando abraça o time. Precisamos ser abraçados nesse momentos – disse Vanderlei.

Luxemburgo terá uma dura missão pela frente. O Timão ocupa a zona de rebaixamento do Brasileirão após três rodadas, tem situação complicada pela classificação na Conmebol Libertadores e terá o Atlético-MG como rival nas oitavas de final da Copa do Brasil.

Na segunda-feira, às 20h (de Brasília), o Timão recebe o Fortaleza, na Neo Química Arena, pela quarta rodada do Campeonato Brasileiro.

Veja outros trechos da entrevista de Luxembrugo no Corinthians:

Tem avaliação física do elenco já?

– A gente tem conversado diariamente com comissão técnica e diretoria sobre o que vai ser feito. Dentro disso, você engloba tudo. Base, comissão, uma série de coisas que têm que ser feito. Mas eu não vou te falar. Vai ser feito aquilo que estiver que ser feito, não vamos ficar passivos. Tudo será analisado. Se fosse tudo muito bonito, eu não estaria aqui. Vamos ter que trabalhar muito para alcançar o objetivo, porque as coisas são internas. Vocês têm os informantes, né (risos).

Murillo e Maycon

– A gente está olhando tudo. O Murillo eu não preciso falar para vocês, todos viram ele atuando, mostrou que é um jogador de qualidade. Se vai continuar ou não, depende dele. O Maycon, aconteceu com ele o que acontece com o jogador de futebol. E eu gostei da reação dele de sentir aquilo, mas agora acabou. Foi uma atitude legar de reconhecer o erro, quando chora. Agora vai ter nós abraçando ele. Eu não erro, posso erar na substituição, mas não vou chutar uma bola erra. Ele pertence ao elenco e aquilo não vai acabar com ele.

Críticas sobre retrocesso

– Eu continuo com o mesmo pensamento e reconhecendo que muitas das coisas que têm hoje, foi o Luxemburgo que trouxe. Eu acho que eu já vinha como vanguarda. Eu vejo isso como uma coisa positiva, essa discussão. O que mudou? A tecnologia é moderna? A tecnologia foi mudada porque acharam que tinham que mudar. Eu sei todos os nomes que você quiser, mas não quero perder a essência do futebol brasileiro. Se você me falar e mostrar qual a diferença tática que existe do passado e hoje, nenhuma. Onde está a modernidade? No avanço que o Corinthians tem aqui, quando falavam que eu levava uma patota, hoje tem aqui. A grande mudança é na ocupação do espaço com rapidez. Eu vou bater nisso aí. Eu gostaria que a modernidade chegasse, mas sem prostituir as características do nosso futebol. Eu não brigo contra, eu trago isso. Essa coisa de coletiva, no passado, era no vestiário.

Róger Guedes e Carlos Miguel

– Você acha que o Cássio passou o tempo? (Não) Ah, bom. É um processo natural que vai acontecer. E eu não vou falar nos nomes. Vai ser uma coisa feita naturalmente. O processo de uma troca de oportunidade se dá por si só. Você afirma que hoje o Carlos Miguel está preparado? Não, então é um processo que vai acontecer. Aí vamos pensar nas situações. Sobre o Róger, brinquei com ele sobre aquilo. Com o talento que tem, sendo explosivo perto da área, para que afastar ele de lá? Ele pode ter mais oportunidades ali. Olhando para a Seleção, será que hoje o treinador olha para ele? Quem quer buscar crescimento, busca a Seleção, então ele tem que pensar assim. Vou mostrar o que olhamos e as características que quero. Se ele tiver mais liberdade de flutuação no campo, ele vai usar o talento mais vezes.

Como sacudir o elenco?

– Não existe medalhão. O direito de cada atleta termina quando começa o outro. Não existe tirar porque é medalhão, você tira por aquilo que é necessário para a equipe. Sempre procurei fazer um elenco versátil. Hoje, a necessidade de trocar, não quer dizer que vou tirar por algo, como foi o Maycon. Eles pertencem ao elenco. Eu vou ser discutido por minhas atitudes, formações tática, por aquilo que eu faço com o elenco que tenho em mãos. Se eu usar bem, vocês vão falar bem.

Estrutura do Corinthians e dia a dia no CT

– A estrutura é fantástica. Fico muito feliz de voltar e ver isso. Lá atrás, buscando estrutura, modernidade, criamos o CT de Itaquera. Fizemos um CT muito bom, estruturamos jogadores que passaram lá. Vim aqui nessa área, com o Dualibi, que podia ser acertado, e disse que o caminho era esse mesmo. E foi aonde começou. Eu vejo toda essa estrutura, que não falta absolutamente nada. O jogador não precisa de nada. Só temos que fazer ela funcionar para dar resultado. Jogador vive mais concentrado que extrato de tomate. Se tiver que prender o cara para saúde, alimentação, descanso… Eles são profissionais. Essa brincadeira que eu faço de colocar por aí para dar uma aliviada, vai ser feito. Você não gosta de um churrasco? Tem cara que gosta (risos).

Jogadores experientes

– Eu não gosto da palavra desafio. É oportunidade, possibilidade, fazer o seu trabalho. Esses jogadores mais experientes, que já ganharam no Corinthians, têm a possibilidade de servir de exemplo para os mais jovens. A motivação é o próximo campeonato, eles saberem que o mais importante é o próximo, o que você conquistou tá no currículo. Se não ganharem o próximo, você vai ser cobrado.

Fonte: G1

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