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Vândalos romperam cerca de arame farpado e desenharam sobre obras de arte rupestre aborígenes que se acredita terem 30 mil anos. Os invasores entraram na Caverna Koonalda, na Planície de Nullarbor (Austrália), uma área protegida por causa do seu valor histórico, Patrimônio Nacional desde 2014. O dia exato da ação criminosa ainda é desconhecido.
“Isso é, francamente, chocante. Essas cavernas são algumas das primeiras evidências da ocupação aborígine daquela parte do país”, afirmou na quarta-feira (21/12) Kyam Maher, ministro de assuntos aborígenes da Austrália Meridional, à Australian Broadcasting Corp. “Passaram pela cerca e destruíram aquilo. Esse é o pior tipo de vandalismo que posso imaginar”, completou.
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A arte na rocha é considerada sagrada para os aborígenes Mirning, que vivem em Nullarbor. Segundo representantes do grupo étnico, a arte não poderá ser recuperada ou reparada.
“Todos os nossos anciãos Mirning estão arrasados, chocados e feridos pela profanação do nosso lugar sagrado. As paredes e a arte de Koonalda guardam o espírito dos nossos ancestrais”, declarou Bunna Lawrie, ancião Mirning e guardião de Koonalda, ao “Metro”.
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“Soubemos nesta semana sobre a profanação através da mídia. Nós somos os guardiões tradicionais de Koonalda e pedimos que isso seja respeitado e que nossos anciãos Mirning sejam consultados. O que se foi, se foi, e nunca vamos recuperá-lo”, emendou ele.
A arqueóloga Keryn Walsh afirmou ao jornal britânico “The Guardian” que, devido à superfície “muito macia” da caverna, a recuperação das artes é impossível.
“Os vândalos causaram muitos danos. A arte não pode ser recuperada. Não é possível remover os riscos sem destruir a arte por baixo. É uma perda enorme”, disse ela.
A polícia investiga o caso.
Fonte: Extra