24 de novembro, 2024

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Vacina contra o sarampo deve ser tomada por crianças e adultos que não foram totalmente imunizados na infância

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Doença considerada erradicada no Brasil até o ano passado, o sarampo já teve mais de 420 casos registrados no país e o número de novos pacientes infectados disparou em São Paulo. A situação soou o alerta das autoridades, que têm intensificado as campanhas de vacinação, a melhor forma de impedir o contágio.

Segundo o Ministério da Saúde, a doença tem surto ativo em três estados: São Paulo, Rio de Janeiro e Pará. São Paulo lidera o ranking com o maior número de infecções e 82% de todos os registros. Nesta segunda-feira (23), postos de vacinação na Capital registraram filas, e a prefeitura anunciou fará vacinação também nas escolas.

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Quem deve tomar a vacina contra o sarampo?

  • Quem ainda não tomou as duas doses da vacina na infância e na adolescência
  • Quem não tem certeza se já tomou as duas doses deve tomar uma dose extra

Em São Paulo, a prefeitura orienta que todas as pessoas entre 15 e 29 anos tomem a vacina, mesmo que já tenham recebido as duas doses. A vacinação tem ocorrido a partir das 7h ou 8h e se estende até as 18h ou 19h, dependendo da unidade. A lista de postos de saúde está no site da prefeitura – basta escolher se a busca é pelo endereço onde mora ou pelo nome da unidade, e digitar no campo em branco à esquerda.

Para quem a vacina é contraindicada?

As pessoas que se encaixem em um dos perfis abaixo devem consultar seu médico antes de tomar a vacina:

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  • Gestantes
  • Pessoas com baixa imunidade ou gripadas
  • Pacientes em tratamento contra o câncer
  • Pacientes portadores de doenças que derrubam o sistema imunológico, como a Aids

Crianças com menos de um ano

O calendário da vacinação indica que o período ideal para aplicar a primeira dose é aos 12 meses de idade. A vacina tem menor eficácia antes dessa idade, mas os pais bebês com menos de 12 meses que farão viagens a locais considerados de risco devem procurar um pediatra para avaliar se é indicado fazer a imunização.

Jovens de 15 a 29 anos

Segundo os especialistas e as autoridades, pessoas de todas as faixas etárias precisam ter as duas doses da vacina, mas o foco das campanhas atuais são os jovens de 15 a 29 anos porque são o grupo populacional com maior probabilidade de não terem recebido uma das duas doses.

Doença altamente contagiosa

  • O sarampo é uma doença altamente contagiosa que pode evoluir para complicações e levar à morte;
  • Os principais sintomas são febre, manchas avermelhadas na pele do rosto e tosse persistente;
  • A prevenção da doença é feita por meio da vacinação, e os especialistas reforçam que não há relação entre a vacina e o autismo.

Vacina em duas doses

Para ter proteção contra o sarampo, é necessário ter tomado duas doses da vacina a partir do primeiro ano de vida, alerta a infectologista Suzi Berbert.

A prática mais comum hoje é vacinar as crianças pela primeira vez aos 12 meses e voltar para a segunda dose já aos 15 meses. A vacina tríplice viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola, é oferecida gratuitamente durante todo o ano pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

No passado recente, porém, a prática era que a primeira dose fosse aplicada aos 12 meses e a segunda só depois dos 15 anos de idade.

“Era dada apenas uma dose na infância porque se acreditava ser suficiente, mas depois de 10, 15 anos o sistema imunológico ‘desaprendia’ e precisava ser reforçado. Tem muito adolescente e jovem que ainda era daquela época, que tem que receber a segunda dose”, disse e médica Suzi Berbert.

Por isso, segundo ela, é importante que as pessoas sempre confiram a carteira de vacinação para saber se estão com a imunização em dia.

E quem perdeu a carteira de vacinação?

Para as pessoas que não têm certeza se já receberam a segunda dose da vacina contra o sarampo, Suzi Berbert recomenda tomar mais uma dose no posto de saúde. Segundo ela, não existe problema em tomar mais de duas doses.

A vacina só é contraindicada para gestantes e pessoas com baixa imunidade, como pacientes em tratamento contra o câncer ou portadores de doenças que derrubam o sistema imunológico, como a gripe, porque a vacina é feita com vírus vivo e atenuado, o que pode causar alguns efeitos colaterais.

Mais de 67 mil pessoas são imunizadas no Dia D de vacinação contra o sarampo em SP
Mais de 67 mil pessoas são imunizadas no Dia D de vacinação contra o sarampo em SP (Foto: Reprodução)

Campanha de imunização

A especialista explica que cada região tem uma estratégia de combate à doença e, nas áreas em que se identifica um surto, há uma articulação para controlar e evitar que mais pessoas entrem em contato com o vírus. “A ideia é impedir a circulação do vírus. Se vacina o maior número de pessoas no menor espaço de tempo nestas campanhas. Em regiões onde não há uma campanha, porque não estão com surto da doença, falamos de ‘intensificação’, que é como se fosse um sinal amarelo.”

O surto atual acomete principalmente jovens adultos, na faixa de 20 anos, foco principal das campanhas de imunização.

Já as crianças com menos de um ano que se vacinarem agora por opção do pediatra e devido ao surto atual, deverão tomar uma nova dose aos 12 meses, quando a vacina ganha maior eficácia.

Surtos no país

Antes considerado um país livre do sarampo, o Brasil perdeu o certificado de eliminação da doença concedido pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) em fevereiro deste ano, após registrar mais de 10 mil casos em 2018. O surto aconteceu principalmente nos estados de Amazonas e Roraima.

Em 2019, o último balanço epidemiológico do Ministério da Saúde, divulgado no dia 17 de julho, apontava 426 casos em sete estados do país.


Foto: Infografia: Karina Almeida/G1

Fonte: G1

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