19 de maio, 2024

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USP aprova criação do curso de medicina em Bauru

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A Universidade de São Paulo (USP) decidiu que abrirá um curso de medicina em Bauru, no interior de São Paulo. Será o terceiro curso de medicina da USP, que já mantém o ensino da carreira na capital paulista e em Ribeirão Preto.

A criação do curso foi aprovada na tarde desta terça-feira (4) pelo Conselho Universitário. O novo curso será vinculado à Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB) e, no primeiro vestibular, já em 2018, serão oferecidas 60 vagas em período integral.

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De acordo com a assessoria de imprensa da Reitoria, 42 vagas serão oferecidas pela Fuvest e 18 vagas serão oferecidas pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu), por meio da modalidade de cotas para estudantes oriundos de escola pública.

Na reunião do Conselho Universitário, a maioria dos conselheiros também aprovou a criação do curso de biotecnologia na Escola de Artes, Ciências e Humanidades (Each), localizada no campus da Capital conhecido como USP Leste.

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Parceria para administrar hospital

Ao defender a proposta, a professora Maria Aparecida Machado, diretora da FOB, explicou que ela foi a solução encontrada pela faculdade para resolver o problema da manutenção do Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais, conhecido como Centrinho.

Atualmente, o Centrinho atende cerca de 70 mil pacientes por ano, tem mais de 600 servidores e é considerado modelo na região, segundo Maria Aparecida. Depois de obras que aumentaram a área do hospital, os custos passaram a ser considerados altos demais para a universidade.

Por isso, a faculdade conseguiu um acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, junto com a Secretaria Municipal de Saúde de Bauru, para que o Estado passe a arcar com os custos do hospital. De acordo com a professora, a contrapartida da USP seria utilizar esses recursos para a criação de um curso de medicina no município.

Nova metodologia e número de vagas

A previsão é que o número de calouros seja ampliado até chegar a 100 novas vagas em 2021. Segundo Maria Aparecida Machado, diretora da FOB, serão contratados dez professores, e as demais vagas devem, inicialmente, ser supridas com o apoio de professores tanto do curso de São Paulo quanto de Ribeirão Preto.

Antonio Carlos Hernandes, pró-reitor de Graduação, afirmou que o projeto pedagógico do novo curso é baseado em metodologias ativas, uma tendência dos novos cursos de medicina em diversos países, que leva em conta uma formação considerada mais contextualizada. “Isso faz com que o aluno seja parte central do processo de formação”, afirmou Hernandes.

Além disso, houve a defesa de uma modernização dos cursos de graduação da USP no campus de Bauru. Segundo um dos conselheiros, o campus é o único que, nas últimas décadas, não sofreu ampliação no número de cursos e vagas.

Decisão não foi unânime

Ao todo, 97 conselheiros votaram, sendo que 67 foram favoráveis e 18 contrários à criação do curso. Entre as opiniões contrárias, houve quem apontasse que as regras do Sistema Único de Saúde (SUS) talvez impeçam o novo hospital do Centrinho de ser financeiramente sustentável e manter a qualidade do atendimento.

Houve ainda quem defendesse que recursos devem ser investidos no Hospital Universitário (HU), que fica no campus da Cidade Universitária, e em políticas de permanência estudantil, em vez de ser usado na criação de mais um curso.

Antes de a votação ocorrer, o reitor da USP, Marco Antonio Zago, foi questionado em uma questão de ordem e concordou com o pedido de um dos conselheiros, que argumentava que o voto favorável à aprovação do novo curso está condicionado à efetivação do acordo com o governo estadual na gestão do centro médico.

Fonte: G1

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