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Animais seguem sendo vítimas de linhas cortantes usadas por pipeiros; nova lei busca ampliar fiscalização e conscientização nas escolas
Moradores do Jardim Ciranda, na região do Pátio 8, em Botucatu, denunciaram o uso de cerol e linha chilena por praticantes de pipas. No último sábado (21), dezenas de pessoas se reuniram na área para soltar pipas, e no dia seguinte, um pássaro foi encontrado com a perna gravemente ferida, agonizando em frente à residência de um morador. Segundo relatos, essa não foi a primeira vez que animais são atingidos — siriemas, cavalos e pica-paus já foram feridos ou mortos por linhas com material cortante deixadas no local.
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Além dos riscos à fauna, o uso do cerol representa uma ameaça direta à vida de motociclistas, ciclistas e pedestres. O problema recorrente acendeu um novo alerta, principalmente após a recente aprovação de um projeto de lei na Câmara Municipal que endurece as punições contra o uso, fabricação e comercialização dessas linhas perigosas.
A nova legislação institui em Botucatu a Semana Municipal de Conscientização sobre o Uso do Cerol e da Linha Chilena, que será promovida anualmente nas escolas durante o mês de junho. O objetivo é educar crianças e adolescentes sobre os riscos dessa prática e incentivar o lazer responsável. Paralelamente, a lei estabelece multas mais severas para quem for flagrado com cerol ou similares.
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Moradores pedem maior fiscalização na região do Pátio 8, onde a presença de pipeiros é frequente. “Não somos contra soltar pipa, mas com segurança. Já vimos bichos machucados e agora foi esse pássaro. É triste e revoltante”, relatou uma moradora.
A Prefeitura, por meio das secretarias competentes, deve intensificar as ações educativas e o patrulhamento preventivo nos bairros onde há maior índice de ocorrências envolvendo cerol. A expectativa é que a união entre educação e repressão reduza os casos e preserve tanto vidas humanas quanto a vida animal.