quinta-feira, 11 agosto, 2022
Pesquisadores do Instituto de Biotecnologia da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Botucatu, isolaram bactérias que podem funcionar como agentes antidengue. Eles também desenvolveram em laboratório linhagens transgênicas do Aedes aegypti, com características diferentes do mosquito criado pela inglesa Oxitec. Desde o fim do ano passado, os estudos estão sendo expandidos para o vírus zika.
A pesquisa, desenvolvida em parceria com grupos das universidades inglesas de Keele e Imperial College London e apoio da Fapesp, busca formas de neutralizar o vírus dessas doenças no organismo do mosquito transmissor. De acordo com o pesquisador Jayme Souza-Neto, coordenador do laboratório de vetores da universidade, o estudo investiga o vírus quando chega ao intestino do mosquito, após o inseto se alimentar com o sangue infectado. “Quando o vírus consegue sair do intestino e chegar à glândulas salivares, o mosquito se torna transmissor da doença. Nosso interesse é desvendar a interação entre as defesas imunológicas do inseto e os micróbios que o colonizam e criar barreiras para impedir essa travessia”, explicou.
O estudo está identificando bactérias e genes com propriedades antidengue, ou seja, que tenham habilidade de impedir a replicação do vírus no Aedes. Os testes para o bloqueio do vírus já foram iniciados no mosquito e in vitro. “Estamos iniciando a geração de linhagens de Aedes aegypti geneticamente modificadas, em que alguns genes não funcionam. A ideia é gerar linhagens que se tornem resistentes ao vírus. Mais recentemente expandimos esses mesmos estudos para o vírus zika.”
De acordo com o pesquisador, o uso de bactérias contra o Aedes pode ser feito diretamente no ambiente. “Se encontramos bactérias do próprio mosquito com propriedades antidengue, podemos produzi-las em larga escala e borrifá-las na natureza. Os mosquitos que tiverem contato com essa bactéria podem se tornar resistentes ao vírus, o que reduziria a transmissão.” Também estão sendo isolados produtos bacterianos que neutralizam o vírus para suprir a lacuna de medicamentos para dengue. “Esses produtos são candidatos potenciais ao desenvolvimento de um tratamento específico para a dengue.” Segundo ele, os mesmos princípios podem ser usados para controlar outras arboviroses, como a zika.
No Brasil, foi inaugurada em 2014, pela empresa britânica Oxitec, a primeira fábrica de Aedes transgênicos. Nesse caso, porém, a modificação genética não altera a capacidade do inseto de se defender da doença, mas faz com que sua prole seja inviável. De acordo com Souza-Neto, as estratégias são complementares, assim como as outras medidas para o controle do vetor, entre elas a eliminação dos criadouros. “É importante que a população não interprete as inovações científicas como a solução de todos os problemas, até porque as pesquisas exigem tempo. As estratégias devem trabalhar de maneira integrada.”
Fonte: FolhaVitória
Angela Regina Di Giovanini Gouvêa – 67 anos Sepultamento Cemitério Jardim 12/08/22 às 10h30 Velório Complexo...
Leia Notícias – O Jornal de Botucatu/ Grupo Leia Notícias Site/Jornal Impresso/Site
Cookie | Duração | Descrição |
---|---|---|
cookielawinfo-checkbox-analytics | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Analytics". |
cookielawinfo-checkbox-functional | 11 months | The cookie is set by GDPR cookie consent to record the user consent for the cookies in the category "Functional". |
cookielawinfo-checkbox-necessary | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookies is used to store the user consent for the cookies in the category "Necessary". |
cookielawinfo-checkbox-others | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Other. |
cookielawinfo-checkbox-performance | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Performance". |
viewed_cookie_policy | 11 months | The cookie is set by the GDPR Cookie Consent plugin and is used to store whether or not user has consented to the use of cookies. It does not store any personal data. |