24 de novembro, 2024

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Um dia em Saturno tem dez horas e meia, diz Nasa

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Cientistas da Nasa resolveram um mistério de longa data, anunciou a agência nesta sexta (18) em um post no Twitter: a duração de um dia em Saturno. Segundo a agência, são dez horas, 33 minutos e 38 segundos.

É um dado que frustra cientistas há décadas, porque o gigante gasoso não tem superfície sólida com marcos que possam ser rastreados enquanto ele gira. Além disso, Saturno tem um campo magnético pouco usual que esconde a taxa de rotação do planeta, de acordo com as informações da Nasa.

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Durante a órbita da sonda Cassini, instrumentos da Nasa examinaram os anéis gelados e rochosos com detalhes sem precedentes. Christopher Mankovich, estudante de pós-graduação em astronomia e astrofísica na Universidade da Califórnia em Santa Cruz, usou os dados para estudar padrões de onda dentro dos anéis.

O trabalho dele, publicado nesta quinta (17) no ‘Astrophysical Journal’, determinou que os anéis respondem a vibrações dentro do próprio planeta, agindo de forma similar aos sismômetros usados para medir movimentos causados por terremotos. O interior de Saturno vibra em frequências que causam variações em seu campo gravitacional. Os anéis, por sua vez, detectam esses movimentos no campo.

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Mankovich desenvolveu modelos da estrutura interna de Saturno que permitiram a ele mapear os movementos no interior do planeta — e, assim, sua rotação.

A ideia de que os anéis de Saturno poderiam ser usados para estudar a sismologia do planeta foi sugerida pela primeira vez em 1982, bem antes que as observações necessárias se tornassem possíveis.

Anéis são mais novos que o planeta

Mas essa não é a única resposta que a ciência obteve sobre Saturno: os anéis do planeta são mais jovens do que se imaginava, diz estudo publicado nesta quinta (17) na revista ‘Science’. Segundo a pesquisa, que também levou em conta informações da Cassini, eles surgiram entre os últimos 10 e 100 milhões de anos.

As informações são da agência de notícias France Presse e do Jet Propulsion Lab, da Nasa.

O sexto planeta a partir do Sol se formou há cerca de 4,5 bilhões de anos, junto com o restante dos planetas do nosso sistema solar, e passou a maior parte de sua existência sem os anéis característicos pelos quais é conhecido hoje.

Os astrônomos acreditaram por muito tempo que os anéis poderiam ser jovens, e talvez formados por colisões entre as luas de Saturno ou por um cometa que se despedaçou nas proximidades do planeta.

Algumas dessas respostas ganharam maior destaque por causa da Cassini — uma sonda americana não tripulada que foi lançada em 1997 e terminou sua missão em 2017 com uma morte planejada na superfície de Saturno.

No final de sua missão, a Cassini fez 22 órbitas, circulando entre Saturno e seus anéis, chegando mais perto deles do que qualquer outra nave da história.

Ao estudar como a trajetória de voo da sonda foi desviada pela gravidade dos anéis, os cientistas conseguiram deduzir a massa dos anéis e a idade aproximada.

“Apenas chegando tão perto de Saturno nas órbitas finais da Cassini fomos capazes de reunir as medidas para fazer as novas descobertas. Entender a idade e a massa dos anéis era “um objetivo fundamental da missão”, disse o autor principal do estudo, Luciano Iess, da Universidade Sapienza de Roma.

Uma massa menor indica anéis mais jovens porque, à medida que envelhecem, os anéis atraem mais detritos e tornam-se mais pesados. Os anéis são 99% compostos de gelo.

Os cientistas continuarão a investigar como os anéis se formaram. As novas evidências sobre a idade dos anéis dá a teorias de que eles se formaram de um cometa que chegou muito próximo de Saturno e foi descredibilidadetruído pela gravidade do planeta — ou por algum evento que dividiu uma geração anterior de luas geladas.

Fonte: Yahoo!

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