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O alto representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, Josep Borrell, evidenciou nesta sexta-feira (15), em Washington, sua vontade de virar a página na crise entre Estados Unidos e França sobre os submarinos australianos, que envolveu o bloco europeu.
“Não vamos ser masoquistas e continuar insistindo em nossos problemas, devemos superá-los e olhar para o futuro”, disse aos jornalistas, um dia depois de seu encontro com o secretário de Estado americano, Antony Blinken.
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“Houve um incidente, alguns mal-entendidos, uma falta de comunicação, tudo isso já foi dito”, frisou.
“Está bem, já terminou, vamos avançar. E começar a trabalhar juntos de maneira mais próxima”, acrescentou o diplomata espanhol.
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Em setembro, Borrell expressou a “solidariedade” da União Europeia com a França na crise sem precedentes com os Estados Unidos.
A controvérsia surgiu quando o presidente de Estados Unidos, Joe Biden, anunciou a criação de uma nova aliança na região do Indo-Pacífico com a Austrália e o Reino Unido, que levou ao cancelamento de um contrato bilionário de compra de submarinos entre Paris e Canberra. As autoridades francesas afirmaram que se tratava de uma “facada nas costas” e uma “quebra de confiança”.
Pouco depois, Biden e o presidente francês, Emmanuel Macron, se reuniram para tentar restabelecer a confiança.
“Está claro que a vontade de cooperar e fundar uma sociedade mais equilibrada é, para ambos os campos, a pedra fundamental desta nova sociedade”, opinou Borrell nesta sexta-feira.
Nesse sentido, o responsável pela diplomacia da UE saudou o lançamento de um diálogo entre Estados Unidos e Europa sobre segurança e defesa, e também a decisão, anunciada ontem com Blinken, de realizar “consultas de alto nível sobre o Indo-Pacífico” no fim do ano.
Este foro se somará ao diálogo em curso entre UE e Washington sobre a postura que será adotada em relação à China, que tem sua próxima reunião prevista para dezembro.
Fonte: Yahoo!