13 de julho, 2025

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Ucranianos tentam esquecer a guerra nas praias de Kiev

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Ivan Sukhanov e sua família costumavam aproveitar o litoral ucraniano do Mar Negro. Neste ano, não passarão das margens do rio Dnipro, no coração de Kiev.

A capital ucraniana conta com diversas praias de areia, geralmente lotadas durante os meses do verão na Europa, de junho a setembro. Mas no primeiro fim de semana de julho, apesar das temperaturas próximas aos 30 graus Celsius, não há multidões nas praias.

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Banhistas se divertem nas águas do rio Dnipro, em Kiev (Foto: Reprodução)

A cidade ainda vive a passos lentos, apesar das tropas russas terem se retirado de seus subúrbios do norte e nordeste há três meses para concentrar sua ofensiva na região do Donbass, no leste da Ucrânia.

Em comparação com a chuva de bombas no Donbass e os ataques mortais no sul do país, Kiev agora está relativamente tranquila.

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Banhistas na praia do rio Dnipro, em Kiev (Foto: Reprodução)

“Estamos nos acostumando”, admite Sukhanov, engenheiro de 41 anos, quatro meses depois das tropas russas terem entrado em seu país em 24 de fevereiro.

Por isso, quando soam as sirenes antiaéreas, “nós não vamos para os abrigos, não seguimos as normas de segurança… vivemos como podemos, esperando que tudo corra bem”.

Banhistas em praia do rio Dnipro, em Kiev, bem mais vazias este ano por conta da guerra no país (Foto: Reprodução)

Mas a ansiedade de que o pior está por vir domina a vida cotidiana. Um míssil matou uma pessoa e feriu outras quatro em 26 de junho, em um bairro próximo ao centro de Kiev que já foi atingido outras duas vezes.

‘Choro todos os dias’

Equipes de resgate trabalham em um prédio residencial danificado por um ataque de míssil russo em Kiev, Ucrânia (Foto: Reprodução)

A ucraniana Vera Sapyga também tenta desfrutar do tempo bom em uma praia de Kiev, mas não consegue esconder sua ansiedade.

Retornou à capital há uma semana, depois de ter ido embora no primeiro dia da guerra para uma cidade do oeste da Ucrânia com sua filha de cinco anos. E já deseja partir novamente.

“É muito difícil”, admite Sapyga, de 37 anos. “Me preocupo muito com as sirenes e as notícias. Choro todos os dias. Nunca senti tanto estresse”.

Ela planeja viajar com sua filha na próxima semana para Londres, onde ficará com uma família que se ofereceu a acolher ucranianos.

Este já é seu segundo exílio. O primeiro foi em 2014, quando a Rússia anexou a península da Crimeia, onde ela e o marido moravam na época. Se chegar à capital britânica, não sabe quanto tempo ficará. “É muito difícil planejar alguma coisa”, suspira.

Essa expressão é comum em Kiev, onde ninguém se atreve a prever por quanto tempo a guerra vai durar. A incerteza alimenta os “rumores incessantes” de uma nova ofensiva russa sobre a capital ucraniana.

Fonte: Yahoo!

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