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A Ucrânia não tem planos de atacar alvos na Rússia, mas somente contra-atacar para recuperar territórios ocupados pelos russos, disse neste domingo (14/5) o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
“Não estamos atacando o território russo”, disse ele após um encontro em Berlim com o chanceler alemão, Olaf Scholz.
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“Estamos preparando um contra-ataque para desocupar os territórios conquistados ilegitimamente”, acrescentou.
Scholz prometeu apoiar a Ucrânia “pelo tempo que for necessário”, garantindo ao país 2,7 bilhões euros (R$ 14,5 bilhões) em armas.
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Isso inclui tanques Leopard alemães avançados e mais sistemas antiaéreos para defender a Ucrânia de ataques quase diários de mísseis e drones russos.
Zelensky descreveu a ajuda alemã como “a maior desde o início da agressão em grande escala” pela Rússia em fevereiro de 2022.
A Alemanha mudou sua posição quanto à Ucrânia desde que o conflito começou. Inicialmente, havia relutado em fornecer equipamentos militares ao país. Agora, praticamente dobrou sua contribuição da noite para o dia, diz a correspondente da BBC em Berlim, Jenny Hill.
A Ucrânia nega as acusações, ao mesmo tempo em que enfatiza que tem o direito legítimo de usar a força e outros meios para desocupar totalmente seus territórios atualmente sob controle russo. Isso inclui quatro regiões no sul e no leste, bem como a península da Crimeia, anexada por Moscou em 2014.
Na tarde deste domingo, Zelensky viajará para a cidade ocidental de Aachen para receber o prestigioso Prêmio Carlos Magno — uma honra concedida pelos esforços para promover a unidade europeia.
Os vencedores anteriores incluem o ex-premiê britânico Winston Churchill, o papa Francisco e o ex-presidente dos Estados Unidos Bill Clinton.
Em outros desdobramentos deste domingo:
Zelensky voou da Itália para a Alemanha durante a noite, seu avião escoltado por dois caças da Força Aérea Alemã.
Em Roma, o presidente ucraniano se encontrou com o presidente italiano, Sergio Mattarella, e a primeira-ministra, Giorgia Meloni. Ele também teve uma audiência privada com o papa Francisco no Vaticano.
O pontífice disse que está constantemente orando pela paz na Ucrânia.
Francisco também destacou a necessidade urgente de ajudar “as pessoas mais frágeis, vítimas inocentes” da invasão russa.
Enquanto isso, Meloni garantiu a Zelensky o apoio de Roma à Ucrânia unida.
Fonte: BBC