07 de setembro, 2024

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Ucrânia conta seus mortos em Pokrovsk após ataque russo a alvo ‘militar’, diz Moscou

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A Rússia afirmou nesta terça-feira (8) que atingiu um centro de comando militar em Pokrovsk, leste da Ucrânia, um dia depois de Kiev ter denunciado no dia anterior ataques a vários edifícios civis que deixaram pelo menos sete mortos. 

“Um centro de comando avançado das tropas ucranianas foi atingido na área da cidade de Krasnoarmeisk (nome russo para Pokrovsk)”, afirmou o porta-voz do Ministério da Defesa da Rússia, Igor Konashenkov.

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A Ucrânia acusou a Rússia, imediatamente, de mentir: “É uma mentira completa”, declarou Serguei Cherevaty, porta-voz do centro de comando para o leste da Ucrânia. “Se recordo bem, esta é a quarta vez que tentam algo do tipo”, acrescentou.

Localidade com cerca de 60.000 habitantes antes da guerra, Pokrovsk fica a 40 quilômetros da frente de batalha no leste da Ucrânia, na região de Donetsk, onde a Rússia afirma que está recuperando terreno.

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Na segunda-feira, a cidade sofreu bombardeios que danificaram prédios residenciais, um hotel, locais de restauração, lojas e edifícios administrativos, segundo as autoridades locais.

Dois mísseis caíram em um intervalo de 40 minutos; e o segundo deles, quando as equipes de emergência estavam no local socorrendo as vítimas.

Sete pessoas morreram, e 82 ficaram feridas, entre elas duas crianças, segundo o último balanço divulgado por Pavlo Kirilenko, responsável ucraniano da administração militar de Donetsk. 

Entre as vítimas fatais está um supervisor dos serviços de emergência de Donetsk, anunciou o ministro ucraniano do Interior, Igor Klimenko.

As operações de salvamento foram concluídas na tarde desta terça, anunciou o serviço ucraniano de Situações de Emergência. 

Equipes de emergência trabalham em prédio atingido por mísseis russos em Pokrovsk, leste da Ucrânia (Foto: Reprodução)

Ataque “execrável

O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, denunciou na segunda-feira que o ataque atingiu um edifício residencial de cinco andares. Ele divulgou um vídeo que mostra civis ajudando a resgatar os feridos.

No andar de baixo do imóvel funcionava uma popular pizzaria frequentada, em particular, por jornalistas. 

Um míssil russo atingiu outro conhecido restaurante em Kramatorsk, mais ao norte, no final de junho, deixando 13 mortos, incluindo a escritora ucraniana Victoria Amelina. Entre os feridos, há 31 policiais, sete socorristas e quatro militares, afirmou o governador Pavlo Kirilenko. 

“Desde o início da invasão, 78 membros das equipes de emergência morreram, e 280 ficaram feridos em ataques realizados pelos russos” em locais ondes eles já estavam destacados, disse à imprensa seu porta-voz, Oleksandr Jorunjii. 

“Os terroristas russos ignoram todas as normas e regras da guerra”, afirmou.  

O fato de o segundo míssil ter caído quando os socorristas já estavam trabalhando no local do ataque é “execrável”, reagiu o porta-voz do chefe da diplomacia da UE, Peter Stano, na rede social X, antes conhecida como Twitter. “Essa forma cínica de proceder destaca a natureza criminosa da agressão russa”. 

Modestos avanços na contraofensiva

Também no leste do país, Moscou anunciou um avanço de três quilômetros em três dias na direção de Kupiansk, cidade que fica 150 km ao norte de Pokrovsk e próxima da fronteira russa.

Kupiansk e seus arredores na região nordeste de Kharkiv foram reconquistados pelas tropas ucranianas em setembro do ano passado, mas as forças russas retomaram os ataques na área.

“Nos últimos três dias, os soldados russos conseguiram um avanço de mais de três quilômetros nesta direção”, disse o ministério russo da Defesa. 

Em meados de julho, a Ucrânia reconheceu que estava em “posição defensiva” na região de Kupiansk ante uma ofensiva lançada da Rússia.

Kiev iniciou em junho uma contraofensiva muito aguardada, que registrou, no entanto, avanços modestos diante da resistência das forças russas.

No campo diplomático, a Ucrânia disse, na segunda-feira, estar “satisfeita” com uma cúpula realizada na Arábia Saudita durante o fim de semana para discutir uma solução pacífica para o conflito.

A Rússia não foi convidada para esta cúpula em Jidá, da qual participaram representantes de quase 40 países, incluindo China, Estados Unidos, Índia, Brasil e Ucrânia.

Fonte: Agências

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