12 de março, 2025

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Ucrânia aceita proposta dos EUA para um cessar-fogo com a Rússia por 30 dias

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Depois de mais de nove horas de negociação, a Ucrânia aceitou a proposta dos Estados Unidos para um cessar-fogo de 30 dias. A guerra contra a Rússia já dura três anos.

O secretário de Estado americano, Marco Rubio, se mostrou otimista quando se reuniu com diplomatas sauditas, o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Andrii Sybiha, e o assessor mais próximo do presidente Volodymyr Zelensky, Andriy Yermak. Já passava das 21h na Arábia Saudita quando Rubio e o conselheiro de Segurança Nacional, Michael Waltz, anunciaram que a Ucrânia aceitou uma proposta de cessar-fogo de 30 dias. Rubio afirmou:

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“Não há solução militar para a guerra. É mais fácil negociar os termos de um acordo permanente para acabar com o conflito quando os dois lados não estão atirando um contra o outro”.

A proposta prevê:

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  • um cessar-fogo total por 30 dias;
  • a libertação de prisioneiros de guerra;
  • e o retorno de milhares de crianças ucranianas sequestradas pela Rússia.

Ucrânia aceita proposta dos EUA para um cessar-fogo com a Rússia por 30 dias (Foto: Jornal Nacional/ Reprodução)

Em um vídeo, Zelensky agradeceu a Donald Trump. Marco Rubio declarou que os Estados Unidos voltaram a fornecer relatórios de inteligência e ajuda militar aos ucranianos. O governo Trump tinha suspendido o envio de armas e informações – o que deixou os ucranianos mais vulneráveis no campo de batalha.

A bola agora está do lado russo. Os negociadores americanos informaram que vão levar a proposta de cessar-fogo a Moscou. Acabar com a guerra na Ucrânia era uma promessa de campanha do prsidente Donald Trump.

“A Ucrânia aceitou a proposta de cessar-fogo. Agora, temos que conversar com a Rússia e esperar que o presidente Putin também concorde com isso. Se não conseguirmos, a guerra continua e muita gente vai morrer”, disse o presidente Donald Trump.

Ucrânia aceita proposta dos EUA para um cessar-fogo com a Rússia por 30 dias (Foto: Jornal Nacional/ Reprodução)

Em três anos de guerra, os russos assumiram o controle de Zaporizhia e Kherson, Luhansk e Donetsk. E já tinham tomado à força a Crimeia, em 2014. Somadas, essas áreas correspondem a 20% do território ucraniano. Vladimir Putin já reafirmou que não aceita devolvê-las. Moscou também quer garantias de que a Ucrânia não entrará para a Otan, a Aliança Militar do Ocidente.

Na segunda-feira (10), o secretário de Estado Marco Rubio afirmou que a Ucrânia terá que abrir mão de território se quiser um acordo de paz. Mas o documento desta terça-feira (11) não cita que a Ucrânia teria proteção militar no futuro para se defender de uma nova eventual investida russa.

A Rússia não se pronunciou sobre a proposta de cessar-fogo, mas disse que não descarta um encontro entre diplomatas russos e americanos nos próximos dias.

O professor de relações internacionais na Universidade Federal Fluminense Vitélio Brustolin avalia que as negociações para o fim da guerra não serão fáceis.

“É possível que a Ucrânia perca uma porção do seu território, mas que continue existindo como país. Isso sempre foi a intenção do Zelensky. E sempre foi a intenção do Putin transformar a Ucrânia em um Estado fantoche, como é Belarus, por exemplo. Então, se a Ucrânia continuar existindo como país, mesmo perdendo território, ela consegue sair de pé dessa guerra”.

Ainda pela manhã, a Ucrânia mandou um recado de que ainda tem fôlego para manter os combates: atacou quase 100 alvos em Moscou – entre eles, uma refinaria de combustível. Três pessoas morreram.

Fonte: Jornal Naccional

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