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Um vídeo em que um turista espanhol despeja cerveja na troba de um elefante em uma reserva no Quênia gerou indignação nas redes sociais e levou autoridades locais a abrir investigações. A gravação foi publicada no Instagram pelo próprio visitante, que usava o nome Skydive_Kenya na rede social, e logo recebeu centenas de críticas antes de ser apagada.
Segundo a BBC, a cena foi registrada no Ol Jogi Conservancy, um santuário de vida selvagem localizado no condado de Laikipia. Nas imagens, o homem aparece bebendo uma lata de cerveja Tusker, marca popular no país, e em seguida oferece a bebida ao animal. Ele ainda escreveu na legenda: “Just a tusker with a tusked friend” (“Apenas um Tusker com um amigo de presas”).
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O Ol Jogi Conservancy confirmou o episódio, ocorrido no ano passado, e classificou o ato como “inaceitável, perigoso e totalmente contrário aos nossos valores”. A instituição ressaltou que visitantes não têm autorização para se aproximar dos elefantes. O animal envolvido foi identificado como Bupa, um macho resgatado no Zimbábue em 1989 e conhecido por interagir com turistas.
O Serviço de Vida Selvagem do Quênia (KWS) também abriu investigação. “Isso nunca deveria ter acontecido. Somos uma instituição de conservação e não podemos permitir esse tipo de comportamento”, disse um funcionário da reserva, identificado apenas como Frank, em entrevista à BBC.
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O turista já havia aparecido em outros vídeos alimentando rinocerontes e elefantes com cenouras, o que também viola regras locais.
Especialistas em conservação criticaram duramente a conduta. Para a bióloga queniana Winnie Kiiru, o episódio foi “infeliz” e transmitiu uma mensagem equivocada sobre a relação entre humanos e animais selvagens. “Cerca de 95% dos elefantes no Quênia são selvagens, e é errado dar a entender que qualquer pessoa pode se aproximar e alimentá-los”, afirmou.
O caso ocorre em meio a outras polêmicas envolvendo turismo de safári no país. Na semana passada, um grupo de visitantes foi flagrado bloqueando a travessia de gnus no Maasai Mara, durante a migração anual, o que levou o Ministério do Turismo e da Vida Selvagem a anunciar regras mais rígidas para proteger os animais.

Fonte: Um Só Planeta