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Um poderoso tufão atingiu, neste domingo (6), o sul do Japão, onde as autoridades alertaram a população para chuvas torrenciais e ventos violentos, de tal intensidade que poderiam derrubar postes de energia e virar veículos.
O tufão Haishen, classificado como “grande” e “extremamente forte”, levou a ordens de evacuação para mais de três milhões de habitantes, principalmente em Kyushu, uma das principais ilhas do Japão, onde a tempestade deveria chegar nas próximas horas.
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No entanto, o tufão enfraqueceu um pouco e, ao contrário das previsões anteriores, está se movendo para o oeste, distanciando-se do continente.
A Agência Meteorológica do Japão pediu aos habitantes “a maior prudência” diante de possíveis recordes de precipitações, ventos intensos e grandes ondas.
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Tudo isso pode causar “deslizamentos de terra ou mesmo inundações nas proximidades de grandes cursos de água”, disse Yoshihisa Nakamoto, diretor da divisão de previsões da agência meteorológica.
Conforme o tufão se aproxima de ilhas habitadas, seus ventos podem se tornar fortes o suficiente para derrubar postes de energia ou virar veículos, alertaram os meteorologistas.
Esta tarde, a tempestade passou por um grupo de pequenas ilhas perto de Kyushu.
Imagens da imprensa local mostraram árvores curvadas sob a força do vento, bem como importantes torrentes de água.
Às 22h (10h de Brasília), Haishen estava 90 km a oeste da cidade de Makurazaki, com rajadas de vento de 216 km/h. A tempestade forçou a suspensão de 550 voos e perturbou o tráfego ferroviário.
Próximos dias
A tempestade deve avançar para o norte e passar pela costa oeste de Kyushu, atingindo a península coreana na manhã de segunda-feira (7), de acordo com a agência meteorológica.
O primeiro-ministro Shinzo Abe, que organizou uma reunião para estudar as medidas a serem tomadas, alertou para os riscos de enchentes e deslizamentos de terra e pediu “muita prudência”.
Cerca de 2,5 milhões de residentes de Kyushu foram chamados a deixar suas casas, especialmente em Kagoshima e Miyazaki, a cidade vizinha.
Em todo o país, ordens de evacuação foram lançadas para cerca de 3,5 milhões de pessoas, de acordo com a televisão pública NHK.
Em vez de se instalar em escolas e centros destinados a esses casos, alguns moradores preferiram se refugiar em hotéis locais para tentar reduzir os riscos de contágio do coronavírus, segundo a mídia local.
“Moro perto de um rio e quero estar em um lugar seguro, mas sem esquecer o coronavírus”, explicou uma moradora de Miyazaki à NHK após encontrar refúgio com sua família em um hotel.
A Guarda Costeira japonesa teve de interromper as operações de busca da tripulação de um navio que naufragou e que pediu ajuda na quarta-feira perto da ilha de Amami Oshima, atingida pelo primeiro tufão, Maysak.
Enquanto isso, os barcos-patrulha continuam no mar, para retomar as buscas assim que o tufão Haishen deixar a região, disse um funcionário à AFP.
Fonte: Yahoo!