Tubarões-brancos vivem ‘baby boom’ na costa dos EUA e preocupam cientistas: ‘safári oceânico’

Tubarões-brancos invadiram as costas de Nova York e Nova Jersey (EUA) em níveis recordes no último verão (de junho a setembro no Hemisfério Norte), com um número incrível de predadores de topo de cadeia também nascendo na região. O alerta foi feito por cientistas ao “NY Post”.

As costas atlânticas da região têm visto um aumento notável no número de predadores — e uma explosão em toda a vida marinha — o que está transformando banhos de mar casuais em “safáris oceânicos”, de acordo com a organização sem fins lucrativos de proteção à vida marinha OCEARCH. É grande o risco de aumento no número de ataques.

“Vocês estão bem no coração do principal berçário de tubarões-brancos”, disse Chris Fischer, fundador e líder de expedições da OCEARCH. “Esses filhotes de tubarão-branco são deixados ali mesmo em Nova York e Nova Jersey entre maio e junho, todos os anos. Então, o que está acontecendo com os tubarões-brancos e o aumento nos avistamentos é que o berçário está ficando cada vez mais cheio. Estamos lidando com uma situação em que, ao entrar em nosso oceano, você adentra a natureza selvagem em poucos passos”, acrescentou.

Os tubarões-brancos levam 30 anos para atingir a maturidade sexual e as fêmeas dão à luz uma ninhada de aproximadamente oito filhotes a cada dois anos. A espécie causa pânico desde que foi retratada no filme “Tubarão”, de Steven Spielberg, de 1975.

“Começamos a proteger nossos tubarões-brancos há cerca de 30 anos, então estamos começando a ter cada vez mais animais adultos que estão tendo cada vez mais filhotes, que estão preenchendo o berçário. Estamos realmente no meio desse grande retorno à abundância. É uma grande história sobre a qual ninguém está falando em nossos oceanos”, finalizou o biólogo.

A OCEARCH monitora tubarões-brancos entre os litorais de EUA e Canadá. Entre eles está Contender, um exemplar descrito como o maior que já foi avistado no Atlântico Norte, podendo chegar a 6 metros de comprimento.

Fonte: Extra