04 maio, 2024

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Trump diz que não irá revelar planos militares dos EUA, mas que ‘irá atacar’

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O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que não irá mais revelar detalhes de planos militares do país. Durante um pronunciamento feito na noite desta segunda (21), em Fort Myer, Virginia, ele afirmou que “não diremos quando iremos atacar, mas atacaremos”. Mais cedo, emissoras de TV e agências de notícia afirmaram que o presidente anunciaria o envio de mais 4 mil soldados ao Afeganistão, mas ele não mencionou números.

Trump afirmou que sua nova estratégia inclui não anunciar números e planos militares, incluindo em relação ao Paquistão. Ele disse ainda que seu primeiro instinto foi retirar as tropas americanas do país, mas avaliou que “as ameaças à segurança que enfrentamos no Afeganistão e na região são imensas”. Além disso, argumentou, uma retirada rápida seria “previsível e inaceitável” e criaria um vácuo que seria preenchido por militantes, a exemplo do que aconteceu no Iraque com o Estado Islâmico.

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Trump disse também que “o povo americano está cansado de guerra sem vitória” e enviou uma mensagem ao Paquistão, a quem acusou de oferecer abrigo seguro a “agentes do caos, violência e terror” com frequência. Segundo ele o país “tem muito a ganhar” caso se torne um parceiro dos esforços americanos no vizinho Afeganistão, e “muito a perder abrigando criminosos”.

“Nenhuma parceria pode sobreviver a um país abrigando militantes. É hora de o Paquistão demonstrar comprometimento com civilização, ordem e paz”, afirmou, acrescentando que os EUA não podem mais ficar em silêncio em relação ao abrigo seguro que o país fornece a “organizações terroristas, ao Talibã e outros grupos que oferecem ameaças à região e além”.

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Ainda sobre sua nova abordagem em relação ao Afeganistão, Trump disse que os Estados Unidos não irão mais tentar “construir países à sua imagem”, e que irão continuar oferecendo apoio ao governo afegão, mas que cabe à população do país assumir o controle sobre seu futuro.

“Não iremos construir países novamente, vamos matar terroristas”, afirmou. Ele disse também que os interesses dos EUA, tanto no Afeganistão quanto no Paquistão são claros, e envolvem impedir a criação de locais seguros para que terroristas ameacem a América. “E temos que evitar que armas nucleares e outros materiais terminem nas mãos dos terroristas”, acrescentou, ressaltando que Índia e Paquistão possuem dispositivos nucleares.

Ainda sem confirmar o envio de novas tropas, o presidente disse apenas que irá “expandir a autoridade das forças armadas americanas para mirar as redes terroristas e criminosas que plantam a violência e o caos no Afeganistão”. Ele prometeu ainda maximizar sanções e outras ações financeiras e legais contra essas redes, para impedir que elas “exportem terror”.

Apesar disso, não descartou completamente a possibilidade de um diálogo com representantes do Talibã. A ideia foi confirmada pelo secretário de Estado, Rex Tillerson, que declarou que os EUA “permanecem prontos a apoiar acordos de paz entre o governo afegão e o talibã sem pré-condições”.

Mas todo este apoio, ressaltou Trump, exige um retorno. “Os Estados Unidos trabalharão com o governo afegão sempre que virmos determinação e avanços. Mas nosso compromisso não é ilimitado, e nosso apoio não é um cheque em branco. O povo americano espera ver reformas reais e resultados reais”, advertiu.

Soldados americanos disparam um obus em base no distrito de Panjwai, na província de Candaar, no Afeganistão, em foto de 12 de junho de 2011 (Foto: Reprodução)

Veja as principais etapas da intervenção militar dos EUA no Afeganistão:

Guerra contra o “terrorismo”:

Em 7 de outubro de 2001, menos de um mês depois dos atentados de 11 de Setembro, o presidente George W. Bush lança uma ampla ofensiva militar no Afeganistão, após a recusa do regime talibã de entregar o chefe da Al-Qaeda, Osama Bin Laden. Em poucas semanas, as forças lideradas por Washington derrotam os talibãs, no poder desde 1996.

Os EUA apoiam os afegãos da Aliança do Norte, que lutam contra os talibãs, com equipes paramilitares da CIA e forças especiais. Em novembro de 2001, cerca de 1.000 soldados americanos são deslocados para o terreno. No ano seguinte, esse número chega a 10 mil.

Um conflito esquecido:

A guerra no Afeganistão deixa de ser foco prioritário de atenção de Washington em 2003, quando forças americanas invadem o Iraque. Os talibãs e outros grupos islâmicos se reagrupam em seus redutos no sul e no leste do país, de onde viajam facilmente a santuários em zonas tribais do Paquistão.

Em 2008, o comando americano na zona pede reforços para conduzir uma estratégia contra a insurreição. Bush aceita enviar tropas adicionais e, para metade de 2008, cerca de 48.500 militares são enviados ao território afegão.

Pico de 100 mil soldados:

Nos primeiros meses de presidência de Barack Obama em 2009, eleito com a promessa de acabar com as guerras do Afeganistão e no Iraque, o número de soldados americanos era de aproximadamente 68 mil. Mas em 1 de dezembro, Obama anunciou o envio de outros 30 mil soldados, e em 2011 havia cerca de 100 mil militares no país com o objetivo de conter os talibãs e fortalecer as instituições afegãs.

A morte de Bin Laden

Cérebro dos atentados de 11 de setembro de 2001 que propiciaram o início da guerra, Bin Laden é abatido em 2 de maio de 2011 em sua operação das forças especiais americanas em sua residência em Abbottabad, Paquistão, onde vivia escondido.

Fim do combate:

Em setembro de 2014, o Afeganistão assina um acordo de segurança bilateral com os Estados Unidos e um pacto similar com a Otan: 12.500 soldados estrangeiros, entre eles 9.800 americanos, permanecerão no país em 2015, depois de completar a missão de combate da aliança atlântica no final de 2014.

Desde o começo de 2015, as tropas americanas ficam encarregadas de duas missões: operações “antiterroristas” contra Al-Qaeda e treinamento das forças afegãs. A segurança no país piora. Diante do ressurgimento talibã, em julho de 2016 Obama anuncia que 8.400 soldados americanos permanecerão no Afeganistão em 2017.

Bombardeio ao hospital do MSF:

Em 3 de outubro de 2015, em pleno combate entre os insurgentes islamitas e o exército afegão com apoio das forças especiais da OTAN, um avião americano bombardeia o hospital de Médicos sem Fronteiras (MSF) na província nortenha de Kunduz. Pelo menos 42 pessoas morrem, incluindo 24 pacientes e 14 membros da ONG.

Mega bomba contra o grupo EI:

Em 13 de abril de 2017, o Exército americano lança a maior bomba não nuclear que utilizou até agora em combate, impactando uma rede de túneis do grupo extremista Estado Islâmico (EI) no leste de Afeganistão. O ataque deixa 96 extremistas mortos. Em julho, mata ao novo líder do EI no Afeganistão, o terceiro assassinado por Washington e Cabul.

Nova estratégia:

Em 1 de fevereiro de 2017, um informe do governo americano aponta que as perdas das forças de segurança afegãs aumentaram 35% em 2016 em comparação com o ano anterior. Oito dias mais tarde, o militar americano no comando da força da Otan, o general John Nicholson, adverte que precisa de mais efetivos.

 

Fonte: Yahoo!

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