25 de novembro, 2024

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Trump diz que considera Putin responsável por interferência russa nas eleições de 2016

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta quarta-feira (18) que considera o presidente Vladimir Putin pessoalmente responsável pelas tentativas russas de interferir nas eleições presidenciais dos EUA em 2016.

“Eu o consideraria (responsável) porque ele está no comando do país, assim como considero a mim mesmo responsável pelas coisas que acontecem neste país”, disse Trump em uma entrevista à emissora CBS. “Então, certamente, como líder do país você tem que considerá-lo responsável”.

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Trump afirmou ainda que enviou uma mensagem “muito forte” a Putin sobre o assunto durante o encontro deles na segunda-feira.

“Eu deixei que ele soubesse que não podemos aceitar isso. Não iremos aceitar. E é assim que vai ser”, disse.

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Polêmica

O presidente americano tem sido criticado pela maneira como vem se expressando sobre o assunto desde que concedeu uma entrevista coletiva conjunta com Putin na segunda-feira, após um encontro privado em Helsinque, na Finlândia.

Na ocasião, ele disse que não acreditava que a Rússia tinha interferido nas eleições de 2016 e que confiava na palavra de Putin, contrariando as indicações das agências de inteligência dos Estados Unidos, que inclusive apontam que russos continuam tentando influenciar a política americana e podem tentar novos ataques nas eleições legislativas deste ano.

As declarações foram muito mal recebidas pela imprensa e até mesmo por aliados de Trump no Partido Republicano, que as consideraram “inaceitáveis”.

Na terça, em uma conversa com jornalistas na Casa Branca, o presidente americano afirmou que tinha se expressado mal e que, na verdade, queria dizer que “não tinha porque a Rússia não ser culpada”.

Ele também garantiu que aceitava as conclusões das agências de inteligência e acreditava na interferência russa nas eleições, embora o resultado final não tenha sido influenciado.

Nova ameaça

Nesta quarta, entretanto, uma nova confusão surgiu quando um repórter perguntou se o presidente acreditava que os russos “ainda estão visando” os Estados Unidos. Trump fez um sinal negativo na cabeça e disse “não”. O jornalista insistiu na pergunta: “Não? Você não acredita que esse seja o caso?”. O presidente novamente negou.

Contradizendo a resposta de Trump, a porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, informou que o “não” se referia a outras questões — e não sobre a suposta interferência dos russos nas eleições dos EUA.

“O presidente estava dizendo que não responderia mais perguntas”, esclareceu Sarah Sanders, porta-voz da Casa Branca.

“O presidente e sua administração estão trabalhando muito para garantir que a Rússia não seja capaz de se intrometer em nossas eleições como fizeram no passado.”

Na semana passada, o diretor nacional de inteligência americano, Dan Coats, alertou para a ameaça cada vez maior de um ataque cibernético contra os Estados Unidos. Segundo ele, os principais autores dessas ações seriam Rússia, China, Irã e Coreia do Norte.

Entenda o impasse

  • 13 de julho: Justiça dos Estados Unidos indicia 12 militares russos por interferirem na eleição presidencial norte-americana de 2016, na qual Donald Trump saiu vencedor. Os investigadores da CIA concluiram que os acusados invadiram computadores do Partido Democrata e do comitê de campanha da candidata derrotada na votação, Hillary Clinton. Eles teriam roubado informações de mais de 500 mil eleitores no país.
  • 16 de julho: Donald Trump e Vladimir Putin se reúnem em Helsinque, na Finlândia. Em entrevista coletiva, o presidente russo diz que “nunca interferiu nem vai interferir” nas eleições dos Estados Unidos. Trump, ao lado de Putin, rejeita a investigação da CIA e afirma: “Não vejo porque a Rússia faria isso”.
  • 17 de julho: Trump volta atrás e diz que apoia as investigações da CIA. “Aceito as conclusões de que houve ingerência da Rússia nas eleições”, afirma. Segundo o próprio presidente, ele “cometeu erro com as palavras” na coletiva do dia anterior. Mesmo assim, Trump nega que o resultado da votação de 2016 tenha sido influenciado.
  • 18 de julho: Um jornalista pergunta se os EUA “ainda estão na mira” da Rússia. Trump balança a cabeça e diz que “não”. Negativa é interpretada como nova contradição do presidente norte-americano às investigações da CIA.
  • 18 de julho (cont.): A Casa Branca volta atrás e diz que o “não” de Trump se referia aos pedidos de perguntas de jornalistas antes de o presidente entrar no gabinete. A porta-voz do governo, Sarah Sanders, reitera posição de que “há ameaças” da Rússia ao sistema eleitoral do país.
  • 18 de julho (cont.): Em entrevista à rede de televisão norte-americana CBS, Trump afirma considerar Putin “responsável” pela interferência na eleição dos Estados Unidos por ele ser presidente da Rússia.

Fonte: Yahoo!

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