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O presidente americano, Donald Trump, chamou neste domingo (7) de “livro falso” o explosivo relato dos bastidores de seu governo que questiona a sua aptidão para o cargo, enquanto seus aliados o defendiam, com um deles chamando-o de “gênio político”.
A Casa Branca tem rechaçado o retrato desfavorável do presidente em “Fire and Fury”, um livro supostamente revelador do jornalista Michael Wolff publicado na sexta-feira.
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Trump tuitou neste domingo que o best-seller instantâneo – que o mostra como desinformado e instável, com sinais de séria perda de memória – é um “livro falso, escrito por um autor totalmente desacreditado”.
Um dia antes, tentando refutar a insinuação de Wolff sobre sua instabilidade, Trump se chamou de “gênio muito estável”.
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O conselheiro sênior de política de Trump, Stephen Miller, tratou o livro de forma irônica, insistindo em que seu chefe é, de fato, “um gênio político”, durante uma entrevista à rede de TV CNN neste domingo.
Sobre o autor, Miller disse: “é um autor lixo de um livro lixo”. Também criticou o ex-chefe de Estratégia de Trump, Steve Bannon, reportado como fonte-chave para o autor, chamando-o de “vingativo” e “fora de contato com a realidade”.
Wolff defendeu seu trabalho neste domingo dizendo à NBC que “absolutamente não” violou nenhum acordo de sigilo em seu relato. No entanto, entregou, do total de três horas que diz ter passado com Trump, que o presidente “provavelmente não pensou naquilo como entrevistas”.
Também mostrou um alto nível de preocupação na Casa Branca com o risco que Trump corre de ser removido do cargo por não estar apto, conforme é colocado, embora seja difícil de aplicar, na 25ª Emenda à Constituição.
Quase diariamente, disse, os assessores da Casa Branca falavam: “ainda não estamos no nível para a 25ª Emenda”.
‘Não vai ter sucesso’
A embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Nikki Haley, rejeitou essa ideia, dizendo à ABC que ninguém na Casa Branca “questiona a estabilidade do presidente”. Ela sugeriu que Wolff é alguém que “mentiria por dinheiro e poder”.
Mas Wolff insistiu que não fez o projeto do livro com um viés ou uma agenda antitrump.
“Eu ficaria encantado de escrever um relato diferente aqui: ‘Donald Trump, esse inesperado presidente, na verdade vai ter sucesso’. Essa não é a história. Ele não vai ter sucesso. É pior do que todos pensavam”.
Enquanto isso, o diretor da CIA, Mike Pompeo, que apareceu no Fox News Sunday, insistiu em que o retrato de Wolff de Trump é “pura fantasia”.
Longe de ser desinteressado e incapaz de lidar com questões políticas complexas, Pompeo declarou: “o presidente está envolvido, ele entende a complexidade, faz perguntas realmente difíceis para a nossa equipe na CIA”. E descreveu Trump como um “consumidor ávido” da Inteligência da agência.
Pompeo acrescentou que Trump está “completamente apto”, dizendo que é “ridículo” sugerir o contrário.
‘Cobertura histérica’
Mas em um possível sinal de sensibilidade da Casa Branca em relação ao livro, Miller discutiu com seu entrevistador da CNN, Jake Tapper.
Quando Tapper tentou questioná-lo sobre seu trabalho com Bannon, a entrevista foi levada para uma série de interrupções e acusações mútuas.
Miller chamou Tapper “condescendente” e “malicioso”, e acusou a CNN de se envolver em uma “cobertura histérica e negativa contra Trump” e com “relatos falsos espetacularmente embaraçosos”.
Os dois falavam ao mesmo tempo quando Tapper anunciou: “acho que já desperdicei o suficiente o tempo de meus espectadores. Obrigado, Stephen”, afastando-se de Miller – que continuava falando – para anunciar o próximo convidado.
Miller não foi tratado gentilmente no livro de Wolff. O autor escreveu que ele “deveria ser o intelectual, mas não o era. Deveria ser um especialista em comunicações, mas ele antagonizava quase todos”.
A atitude combativa de Miller na CNN foi elogiada por seu chefe.
“Jake Tapper da CNN ‘Fake News’ acabou de ser destruído em sua entrevista com Stephen Miller, da administração Trump. Assista ao ódio e à injustiça deste ajudante da CNN!”, tuitou Trump após a entrevista ir ao ar.
Fonte: Yahoo!