25 de novembro, 2024

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Trump adverte Síria, Rússia e Irã para ‘potencial tragédia humana’ em Idlib

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, advertiu nesta segunda-feira a Síria para que não lance uma ofensiva – com a ajuda de Rússia e Irã – contra a província de Idlib, o último bastião rebelde no país, sob o risco de provocar uma “tragédia humana”.

Segundo Trump, “o presidente Bashar al-Assad não deve lançar imprudentemente um ataque contra a província de Idlib, e os russos e iranianos cometeriam um grave erro humanitário tomando parte desta potencial tragédia humana”.

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“Centenas de milhares de pessoas morreriam. Não permitam que isto ocorra!”.

A ONU e organizações humanitárias alertaram que um ataque contra Idlib poderá gerar uma catástrofe humanitária, a um nível ainda não visto na guerra civil síria que já dura sete anos.

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As forças de Damasco estão agora reunindo-se em torno da província norte-ocidental de Idlib, onde há uma série de grupos rebeldes e combatentes extremistas, muitos dos quais foram considerados “terroristas” pelas potências mundiais.

Rússia e Irã insistem em que os grupos extremistas de Idlib devem ser derrotados e se espera que apoiem as forças sírias em caso de ataque.

Desde o começo de 2017, Irã, Rússia e Turquia promoveram as negociações na capital do Cazaquistão para aplacar as hostilidades na Síria.

No ano passado, designaram Idlib como zona de “desescalada” para deter a violência, visando um cessar-fogo em todo o país.

Tambores de guerra

Na tentativa de pressionar a Turquia para que controle os extremistas em Idlib, a Rússia, principal aliado de Damasco, começou nos últimos dias a fazer soar os tambores de guerra.

Teerã e Moscou deram constante apoio político, financeiro e militar a Assad ao longo da guerra civil, que já matou 350 mil pessoas desde seu início, em 2011.

O Grupo de Crise Internacional (ICG), um centro de estudos com sede em Bruxelas, estimou que um ataque em grande escala contra Idlib e suas catastróficas consequências ainda podem ser evitados.

A Rússia, cujo apoio aéreo seria crucial para uma ofensiva bem sucedida, deveria compreender que um banho de sangue em Idlib coloca em risco seus próprios objetivos políticos, de acordo com o ICG.

“Ao apoiar uma ofensiva em grande escala, a Rússia arrisca minar seus objetivos no longo prazo na Síria”, apontou o ICG em um documento intitulado “Salvando Idlib da destruição”.

Apesar da advertência de Trump, os analistas estimam que os Estados Unidos parecem resignados com a probabilidade de uma vitória final das forças do governo sírio.

Nos bastidores, diplomatas americanos advertiram Moscou, acusado no passado de fazer vista grossa ao uso de armas químicas por parte de Damasco.

Esses “disparos verbais de advertência” têm pouco que ver com a realidade de hoje na Síria, disse Jonas Parello-Plesner, pesquisador do centro de análise Hudson Institute, com sede em Washington, que recentemente publicou um estudo sobre a postura dos Estados Unidos na região.

Essa realidade é que “Assad está avançando, ajudado pelo Irã no terreno e pela Rússia no ar”, disse à AFP.

Os Estados Unidos apostam em um processo de paz respaldado pela ONU em Genebra, que no melhor dos casos poderia ser descrito como “moribundo”, acrescentou o analista.

Trump disse em abril que era hora de retirar as tropas americanas da Síria, uma vez que os extremistas do Estado Islâmico haviam sido derrotados definitivamente.

Embora tenha se afastado rapidamente dessa retórica de uma retirada imediata, sua determinação de abandonar a Síria o quanto antes parece não ter mudado.

 

Fonte: Yahoo!

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