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A China revezou as tropas na guarnição do Exército Popular de Libertação (PLA) em Hong Kong nesta quinta-feira (29), dias antes de uma marcha planejada por manifestantes para pedir democracia plena na cidade sob controle chinês depois de três meses de manifestações às vezes violentas.
A mídia estatal chinesa descreveu a movimentação de tropas como rotineira, e diplomatas asiáticos e ocidentais que acompanham a mobilização do PLA na ex-colônia britânica já a esperavam.
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Mesmo sendo rotineira, seu cronograma provavelmente causará tensão na região administrativa especial de Hong Kong, que foi devolvida à China em 1997.
Os militares chineses farão contribuições ainda maiores para manter a prosperidade e a estabilidade de Hong Kong, disse a guarnição do PLA no território, segundo citação da agência estatal de notícias Xinhua.
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Revezamento de rotina
Os militares finalizaram um revezamento de rotina de forças aéreas, terrestres e marítimas, relatou a agência de notícias. A Xinhua e o Diário do Povo divulgaram fotos e vídeos de veículos blindados de transporte de soldados circulando em comboio por Hong Kong antes do amanhecer com as luzes piscando.
Observadores estimam a guarnição de Hong Kong entre 8 mil e 10 mil soldados divididos em bases do sul da China e uma rede de antigos quartéis do Exército britânico em Hong Kong.
Caminhões cheios de soldados do PLA com luvas brancas entraram em Hong Kong poucas horas após a devolução territorial de 1997, provocando questionamentos sobre seu papel. Eles realizam exercícios com frequência, mas desde então foram vistos fora de suas bases raramente.
Testemunhas da Reuters viram nesta quinta-feira (29) uma atividade consideravelmente maior dentro e no entorno da base militar do PLA em Shek Kong, no interior dos Novos Territórios, do que foi aparente nos últimos meses.
A China criticou os protestos e acusou os Estados Unidos e o Reino Unido de interferirem em seus assuntos em Hong Kong, emitindo sinais claros de que uma intervenção vigorosa é possível.
Neste mês, centenas de agentes da Polícia Popular Armada realizaram exercícios em um estádio esportivo de Shenzhen, que faz divisa com Hong Kong, um dia depois de o Departamento de Estado dos EUA se dizer “profundamente preocupado” com sua movimentação.
O comunicado chinês do ano passado sobre as tropas rotativas disse que o número de soldados em Hong Kong “foi mantido sem alteração”.
Isso não constava do comunicado desta quinta-feira (29). O porta-voz do Ministério da Defesa, Ren Guoqiang, disse em um boletim mensal de rotina à imprensa que o cronograma da troca de tropas foi semelhante ao de anos anteriores “para atender às exigências da defesa de Hong Kong”.
Fonte: Yahoo!