28 março, 2024

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Treze freiras de um convento nos EUA morrem de coronavírus, doze delas em um mês

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Treze freiras idosas de um mesmo convento católico em Livonia, no Michigan (EUA), morreram de complicações do novo coronavírus, número que corresponde a 20% das moradoras antes da pandemia, afirmou Suzanne Wilcox English, porta-voz das Irmãs Felicianas da América do Norte. Doze das 13 mortes aconteceram no período de um mês, entre 10 de abril, Sexta-feira Santa, e 10 de maio – a 13ª foi a óbito em 27 de junho. Outras 17 freiras contraíram a Covid-19, mas se recuperaram.

As freiras, que tinham entre 69 e 99 anos, moravam juntas em três andares do convento e exerciam funções diversas: professora, bibliotecária, acadêmica, organista, enfermeira – uma delas era uma executiva da Secretaria de Estado do Vaticano, de acordo com a Global Sisters Report, uma agência católica de informações. As 13 mortes “podem ser a pior perda de vidas para uma comunidade religiosa desde a pandemia de influenza de 1918”, segundo a agência.

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“Ouvi pela primeira vez que duas auxiliares haviam contraído o vírus. Não sabemos quem foi e nem queremosa saber”, disse a madre superiora do convento de Livonia, Mary Andrew Budinski: “Então, atingiu as irmãs no segundo andar e se espalhou como fogo. Não nos davam números. Mas todo dia diziam: ‘outra irmã’, ‘outra irmã’, ‘outra irmã’… Foi muito assustador”.

As 13 freiras que morreram de Covid-19 no mesmo convento do Michigan, nos EUA, tinham entre 69 e 99 anos
As 13 freiras que morreram de Covid-19 no mesmo convento do Michigan, nos EUA, tinham entre 69 e 99 anos (Foto: Reprodução)

Ela chegou a contrair o coronavírus, em meados de abril, e pensou que morreria como suas companheiras, mas conseguiu se recuperar: “Eu estava tão doente que rezava para que o Senhor me levasse, senti muita dor. Eu realmente pensei que ia morrer e me rendi a isso. Disse: ‘Deus, se você vai me levar, estou pronta’. Então, acordei na manhã seguinte e ainda estava viva. De alguma forma, melhorei”.

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Agora, o pior parece ter passado, mas a vida no convento continua limitada. As freiras não puderam assistir aos funerais das que morreram. O número de pessoas que podem frequentar a capela ao mesmo tempo é limitado. No refeitório, só comem duas religiosas em cada mesa, em três turnos diferentes, e elas não podem visitar os quartos das outras.

A comunidade tinha 65 irmãs antes da pandemia. Agora, elas são 52 e temem o dia em que poderão ficar juntas novamente, quando efetivamente verão quantas não estão mais lá. “Sinto calafrios ao pensar nisso”, afirmou a irmã Budinski: “A tristeza ainda está por vir, eu acho.”

A Global Sisters Report relatou que pelo menos 19 outras freiras morreram de complicações relacionadas à Covid-19 nos EUA. No mundo todo, foram ao menos 61. “Lamentamos (a perda de) cada uma das nossas irmãs e agradecemos muito a todos que mantêm a oração e nos apoiam de várias maneiras”, disse a irmã Mary Christopher Moore.

Fonte: Extra

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