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Três suspeitos de participarem da morte do aposentado Joel Vieira Gomes, de 69 anos, no Fonseca, em Niterói, na manhã de quinta-feira, foram encontrados mortos dentro de um táxi abandonado no KM 320, da BR-101, na altura do Barreto, nesta sexta-feira. Yuri de Almeida Costa, de 19 anos, Walace Muniz, e um terceiro identificado apenas pelo apelido de Chapadão estavam com perfurações na cabeça. Mais cedo, policiais do 12º BPM (Niterói) já haviam conseguido capturar no Morro dos Marítimos, também no Barreto, Marcos Leandro Oliveira da Conceição, de 37, que admitiu ter participado do crime. O filho da vítima, o bancário Fábio, de 36 anos, e uma outra testemunha reconheceram o criminoso como sendo um dos participantes.
O suspeito Marcos Oliveira, de 37 anos, foi preso no Morro dos Marítimos (Foto: Divulgação)
Segundo o delegado Marcus Amim, os três mortos já eram investigados pela Divisão de Homicídios (DH) por outros assassinatos em Niterói e, provavelmente, foram executados por já serem desafetos de traficantes que atuam na região.
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— Depois que fomos comunicados pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) sobre três corpos que haviam sido deixados durante o fim desta madrugada desta sexta-feira na BR, nós levamos o Marcos ao local e ele os reconheceu, indicando que os três haviam participado do crime com ele.
O delegado Marcus Amim pretende ouvir outras testemunhas (Foto: Thiago Freitas)
Ainda de acordo com Amim, o caso não está completamente fechado e outras testemunhas serão ouvidas. Ele pretende ainda analisar imagens de câmera de segurança da região para comprovar a participação de todos os envolvidos.
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O enterro do aposentado aconteceu na tarde desta sexta-feira no Cemitério Nossa Senhora da Conceição, no Barreto. Cerca de 100 pessoas, entre amigos e familiares, estiveram no local.
Joel era morador do Fonseca, em Niterói (Foto: Arquivo Pessoal)
‘Estou vivendo um pesadelo’
Mais cedo, em entrevista ao Extra, Fábio contou que sempre tomava café da manhã com os pais. Na quinta-feira, ao chegar na casa, ainda conversou com um vizinho e depois de perceber a aproximação de alguns criminosos dentro de um Renault Duster se apressou, mas foi surpreendido por um dos criminosos que empurrou o portão no seu rosto e conseguiu entrar na residência.
Fábio Frangakis na sede da Divisão de Homicídios de Niterói (Foto: Thiago Freitas)
— Ele agiu com muita rapidez. Logo depois que entrou ele começou a me empurrar para a sala e apontou a arma para o meu rosto pedindo a chave do meu carro. Assustado, meu pai, que estava na cozinha preparando o café, correu e conseguiu pular em cima do bandido e desarmá-lo. Nesse momento, eu corri para tentar pedir ajuda, mas fui surpreendido por outro criminoso que entrou já atirando. Depois, ao ver o meu pai brigando com o comparsa, ele atirou duas vezes em direção a ele. Um dos tiros atingiu o ouvido e o outro o ombro do lado direito — relatou o bancário: — Estou vivendo um pesadelo. A minha mãe está à base de medicamentos. Eles eram casados há 40 anos.
Fonte: Extra