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Três pessoas foram presas em Itu, Porto Feliz e Boituva (SP) durante a 62ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada pela Polícia Federal em conjunto com o Ministério Público Federal e a Receita Federal na manhã desta quarta-feira (31).
Segundo a polícia, o principal alvo da operação é o presidente do Grupo Petrópolis, Walter Faria, que é considerado foragido. Outros cinco executivos da empresa também estão envolvidos.
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Foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão na região, sendo quatro em Boituva, dois em Porto Feliz e um em Itu. Os alvos foram casas, empresas e escritórios de advocacia. Um endereço na Avenida Ipanema, em Sorocaba (SP), onde funcionava um depósito de documentos, também foi fiscalizado.
Vanue Faria, sobrinho de Walter, foi detido em uma casa localizada em um condomínio de luxo em Itu. Já o advogado Silvio Antunes Pelegrini foi preso em Porto Feliz e Maria Helena de Souza, coordenadora financeira do Grupo Petrópolis, em Boituva.
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Todos os presos temporariamente estão na sede da Polícia Federal de Sorocaba e serão levados para Curitiba (PR), onde passarão pelo Instituto Médico Legal (IML) e, em seguida, prestarão depoimento.
Ao todo, cerca de 120 policiais federais cumpriram um mandado de prisão preventiva, cinco de prisão temporária e 33 de busca e apreensão em 15 diferentes municípios.
Fernandópolis, Vinhedo, Piracicaba, Jacareí, Santa Fé do Sul, Santana do Parnaíba e São Paulo (SP); Cuiabá (MT); Cassilândia (MS); Petrópolis e Duque de Caxias (RJ); e Belo Horizonte (MG) participaram da ação. Os mandados foram expedidos pela 13ª Vara Federal de Curitiba (PR).
Pagamento de propinas
Esta nova etapa da operação, denominada Rock City, mira o pagamento de propinas disfarçadas de doações eleitorais e operações de lavagem de dinheiro feitas pelo Grupo Petrópolis, da marca de cerveja Itaipava. O presidente do grupo, Walter Faria, é um dos alvos, mas até as 11h ainda não tinha sido localizado.
Segundo o Ministério Público Federal, as irregularidades vinham sendo investigadas desde 2017, mas, após a quebra do sigilo bancário dos investigados, notou-se que contas ligadas a Faria no exterior continuaram sendo movimentadas em 2018 e 2019.
Segundo a investigação, o Grupo Petrópolis teria auxiliado a Odebrecht a pagar propina através da troca de reais no Brasil por dólares em contas no exterior.
O Grupo Petrópolis informou que “seus executivos já prestaram anteriormente todos os esclarecimentos sobre o assunto aos órgãos competentes. Informa também que sempre esteve e continua à disposição das autoridades para o esclarecimento dos fatos”.
Fonte: G1