22 de dezembro, 2024

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Três meses após tragédia ambiental, 95 mil peixes são soltos no Rio Piracicaba

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A Secretaria Municipal de Infraestrutura e Meio Ambiente (Simap) de Piracicaba (SP) fez a soltura de 95 mil alevinos de pacu-guaçu juvenis no Rio Piracicaba na região de Santa Maria da Serra (SP) nesta sexta-feira (4).

A liberação dos peixes alevinos, recém-saídos dos ovos, ocorre em área do condomínio Tamanduá, em Santa Maria da Serra, três meses após o desastre ambiental que atingiu o Rio Piracicaba e a região alagada de preservação ambiental do Tanquã.

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    Cerca de 95 mil peixes são soltos no Rio Piracicaba três meses após mortandade. (Foto: Reprodução/ EPTV)

    Escolha da região

    A região de Santa Maria da Serra foi escolhida, segundo as equipes de trabalho, devido à boa qualidade da água atestada no trecho para receber os novos peixes.

    Em outros pontos do Rio Piracicaba, a condição ainda é de recuperação após despejo irregular que causou a mortandade de toneladas de animais no manancial em julho deste ano.

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    A soltura é feita em parceira da AES Brasil. De acordo com o a instituição, o local é um dos pontos autorizados pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente para a ação e apresenta boas condições ambientais para a sobrevivência dos alevinos para contribuir com o repovoamento do Piracicaba.

    Peixes são soltos no Rio Piracicaba (Foto: Reprodução/EPTV)
    Repovoamento de peixes no Rio Piracicaba ocorre três meses após tragédia ambiental (Foto: Reprodução/EPTV)

    Espécie

    O pacu-guaçu é um peixe nativo da bacia do Rio Piracicaba e pode chegar a 20 quilos. A espécie, segundo o biólogo Sílvio Carlos Alves do Santos, é migratória e já esteve entre a lista de peixes ameaçados do extinção na região de Piracicaba.

    Incialmente, a previsão era que fossem soltos 65 alevinos, peixes juvenis, mas depois as equipes responsáveis decidiram aumentar o número para 95 mil.

    60 mil alevinos serão soltos no Rio Piracicaba (Foto: Prefeitura de Piracicaba/CCS)

    Crime ambiental

    A mortandade de toneladas de peixes ocorreu em julho deste ano, após descarte de resíduos da cana-de-açúcar pela Usina São José, de Rio das Pedras, que foi multada pela Cetesb em R$ R$ 18 milhões.

    Faixa branca em meio à vegetação é formada por milhares de peixes mortos após descarga de poluente no Rio Piracicaba (Foto: Jefferson Souza/ EPTV)

    Com a morte de toneladas de peixes, que ficaram parados nas margens do Piracicaba e nas ilhas de vegetação do Tanquã, a Prefeitura deu início a uma operação emergencial para retirada desses peixes, o que evitou um desastre ainda maior.

    A soltura de alevinos tem, ainda, como parceiros o Instituto Beira Rio, SOS Rio Piracicaba, Remo Piracicaba, Escoteiros São Mário, Ascapi (Associação de Canoagem de Piracicaba), Pira no Ploogin, Aperp (Associação dos Pescadores Esportivos do Rio Piracicaba), Na Pegada Ambiental, Cecília Hadadd, Unipira, Ama Nova Piracicaba e Prefeitura de Santa Maria da Serra.

    Vila às margens da APA do Tanquã, em Piracicaba — Foto: Jefferson Souza/ EPTV
    Vila às margens da APA do Tanquã, em Piracicaba — Foto: Jefferson Souza/ EPTV)

    Fonte: G1

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